O primeiro debate do XVIII Fórum Internacional de Sepse em São Paulo, realizado pelo Instituto Latino-americano de Sepse (ILAS) foi realizado pela Dra. Flávia Machado, coordenadora geral do ILAS e vice-presidente da Global Sepsis Alliance e pelo Dr. Jonathan Sevransky, professor e diretor da Emory University, EUA. A discussão girou em torno do momento ideal para início da associação da vasopressina à noradrenalina em pacientes com choque séptico.
A Surviving sepsis Campaign (SSC) de 2021 sugere que “para adultos com choque séptico em uso de norepinefrina e pressão arterial média inadequada, deve-se iniciar vasopressina ao invés de aumentar a dose de norepinefrina. Em nossa prática, a vasopressina é iniciada quando a dose de norepinefrina encontra-se entre 0,25-0,5 µg/kg/min”. Trata-se de recomendação fraca com evidência de moderada qualidade.
Enquanto o Dr. Jonathan advogou em relação aos efeitos colaterais reduzidos com a economia do uso de norepinefrina quando do início precoce de vasopressina, a Dra. Flávia foi contundente em apontar que não existem dados suficientes na literatura para suportar tal prática, sendo que os custos do aumento do uso de vasopressina não são desconsideráveis, por se tratar de droga de alto custo na maior parte do mundo, além de que a vasopressina não é uma droga isenta de efeitos colaterais.
Para saber mais sobre sepse e choque séptico, ouça nosso podcast: PEBMED e ILAS: destaques da Surviving Sepsis Campaign – manejo da sepse e choque séptico
Mensagem prática
Associe vasopressina ao tratamento do choque séptico quando a dose de noradrenalina estiver em torno de 0,25-0,5 µg/kg/min. Não há dados suficientes que sustentem um uso mais precoce até o momento.
Para saber mais sobre o Surviving sepsis Campaign (SSC) 2021, ouça nosso podcast: PEBMED e ILAS: Destaques da Surviving Sepsis Campaign (2021)
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