Impacto da onda pandêmica entre gestantes com covid-19

Os desfechos dos estudos foram a ocorrência do parto como primário e outras complicações como secundárias, como pré-eclampsia. Saiba mais!

A pandemia de covid-19 está entrando em seu terceiro ano. Sua evolução, conhecimento, tratamentos e vacinas estão começando a demonstrar um melhor controle e conhecimento sobre a doença.  

Até 21 de setembro de 2022, mais de 610 milhões de pessoas tinham sido infectadas e mais de 6,5 milhões de pessoas tinham morrido. Os estudos têm mostrado impacto da doença tanto nas gestantes como nos conceptos.

Maiores riscos de partos prematuros, pré-eclampsia, eclampsia, natimortos, morbidade neonatal e mortalidade existe entre gestantes com covid-19 em relação àquelas sem covid-19.  

Leia também: Influência da pré-eclâmpsia no neurodesenvolvimento de nascidos MBP até os 2 anos 

Gestantes e Covid-19

Estudo publicado

Um trabalho publicado no American Journal of Obstetrics & Gynecology avaliou o impacto de cada uma das ondas de covid-19 sobre uma coorte retrospectiva de gestantes que tiveram parto num único centro acadêmico junto a Universidade de Duke, EUA. Os desfechos dos estudos foram a ocorrência do parto como primário e outras complicações como secundárias (parto prematuro, pré-eclampsia e parto cesarianos).  

Os resultados retrospectivos foram analisados de acordo com a época de cada onda. Do total de 451 pacientes que pariram neste centro universitário, 133 (25,3%) foram durante o período da cepa selvagem; 99 (18,8%) na onda alfa; 62 (11,8%) na onda delta e 157 (29,8%) na fase da onda omicron. Variantes como raça, status econômico, idade gestacional no diagnóstico de covid-19 e doença sintomática diferiram entre as ondas.  

Não houve diferença para doença pré-existentes com diabetes ou obesidade. A evolução com parto prematuro foi um evento comum nas ondas (18%), sem variar entre as várias ondas.  

Ao controlar os fatores de confusão com ômicron como grupo de referência, pacientes da onda delta tiveram chances 13 vezes maiores de parto para covid-19 e chances duas vezes maiores de desenvolver transtorno hipertensivo gestacional em comparação com aquelas da onda alfa que tiveram duas vezes mais chances de cesariana. Todas as pacientes que evoluíram para parto por covid-19 não haviam sido vacinadas.  

Mensagem final 

O trabalho conclui que as gestantes que adquirirem covid-19 na gravidez podem associar alguns efeitos adversos em suas gestações. A evolução para parto na vigência de covid-19 sintomático foi mais evidente com variantes não-omicron, principalmente variante delta. Torna-se importante o estímulo à vacinação para evitar complicações durante a gravidez, entre elas o parto na vigência de covid-19. 

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Referências bibliográficas: Ícone de seta para baixo
  • Craig, A. Judge-golden, C. Moyett, J. Ramsey-collier, K. Hughes, BL. Dotters-katz, SK. Pregnancy outcomes by pandemic wave among pregnant individuals with COVID-19 infection. American Journal of Obstetrics & Gynecology, 2022. https://doi.org/10.1016/j.ajog.2022.11.133