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Os pacientes com síndrome coronariana aguda (SCA) de alto risco devem realizar coronariografia (CAT) na mesma internação. Contudo, até 15% podem não apresentar lesões obstrutivas relevantes (>50%). Muitos desses pacientes são classificados como MINOCA: infarto do miocárdio sem obstrução coronariana macrovascular. Nesse cenário, há dúvidas sobre o melhor tratamento, mas a maioria acaba mantendo antiplaquetário, estatina e iECA.
Um estudo recente avaliou o uso da RM nesse grupo de pacientes com SCA e CAT sem lesões obstrutivas. Foram recrutados em um único centro da Inglaterra 410 pacientes (de um total de 11 mil SCA), com idade média 56 anos, 48% de mulheres, 13% hipertensos, 6% diabéticos e 7% tabagistas. A RM foi realizada na maioria até 40 dias após a alta hospitalar.
RM na SCA com CAT normal
Resultados
Em linha com estudos anteriores, a RM mostrou que menos da metade dos pacientes tinham IAM mesmo, ou seja, poucos eram MINOCA de fato!
- 25% IAM (MINOCA)
- 25% miocardite
- 25% cardiomiopatia
- 25% com RM normal
Além disso, após análise multivariada, os únicos dois fatores preditores de mortalidade foram ECG com supraST na admissão e cardiomiopatia na RM.
Qual a importância prática?
Quando houver um paciente com SCA e CAT sem lesões > 50%, a RM é útil para identificar quem de fato é IAM (MINOCA), e que, portanto, deve seguir com AAS/estatina, e quem tem outras etiologias com tratamento específico, como ICFER e miocardite.
Referências bibliográficas:
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