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O tratamento com antibióticos de largo espectro resulta em melhores desfechos do que os antibióticos de espectro moderado para crianças com infecção das vias aéreas superiores (IVAS)? Foi o que investigou um novo artigo do Journal Of The American Medical Association.
Através de dados de registro eletrônico de 31 clínicas pediátricas, pesquisadores identificaram 30.159 crianças, de 6 meses a 12 anos, diagnosticadas com IVAS (otite média, faringite estreptocócica do grupo A ou sinusite) e que receberam prescrições para antibióticos orais em 2015 e 2016.
Quatorze porcento foram tratadas com antibióticos de largo espectro (amoxicilina-clavulanato e cefalosporinas) e 86% com medicamentos de espectro moderado (penicilina e amoxicilina).
O tratamento com antibióticos de largo espectro não foi associado a uma menor taxa de falha (3,4% para os de largo espectro vs 3,1% para os de espectro moderado). Os medicamentos de largo espectro foram associados a uma qualidade de vida infantil ligeiramente pior (90,2 vs 91,5).
Além disso, o tratamento de largo espectro foi associado a um maior risco de eventos adversos registrados pelo médico (3,7% para vs 2,7% para antibióticos de espectro moderado) e relatados pelo próprio paciente (35,6% vs 25,1%).
Para os autores, esses achados demonstram que, entre crianças com infecção das vias aéreas superiores, os antibióticos de largo espectro não estão associados a melhores desfechos, em comparação com os de espectro moderado (como a amoxicilina), e estão associados a taxas mais altas de eventos adversos.
Para refletir: ‘Por que alguns médicos ainda fazem prescrição inadequada de antibióticos?’
*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED
Referências:
- Jeffrey S. Gerber, Rachael K. Ross, Matthew Bryan, A. Russell Localio, Julia E. Szymczak, Richard Wasserman, Darlene Barkman, Folasade Odeniyi, Kathryn Conaboy, Louis Bell, Theoklis E. Zaoutis, Alexander G. Fiks. Association of Broad- vs Narrow-Spectrum Antibiotics With Treatment Failure, Adverse Events, and Quality of Life in Children With Acute Respiratory Tract Infections. JAMA. 2017;318(23):2325–2336. doi:10.1001/jama.2017.18715
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