Depois da losartana e da ranitidina, chegou a vez da amoxicilina. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou o recolhimento da amoxicilina (50 mg/mL), do lote 18J94P distribuído pela indústria farmacêutica Prati-Donaduzzi.
Segundo resolução, publicada no Diário Oficial da União, o motivo do recolhimento foi a presença de partículas de vidro em unidades do produto. Além disso, a publicação explicita que a empresa confirmou a alteração nos medicamentos.
É importante ressaltar que o recolhimento foi de um lote específico da indústria citada e que a amoxicilina pode continuar a ser prescrita normalmente, considerando a existência de outras marcas no mercado.
Outros recalls recentes no Brasil
No Brasil, a Anvisa recolheu lotes de valsartana, irbesartana e losartana em maio de 2019, além de suspender a fabricação desses medicamentos com uso de insumos suspeitos (N-nitrosodimetilamina). Ao todo, importação dos insumos de dez fabricantes foi interrompida.
Em dezembro de 2019, a farmacêutica Aché também anunciou a suspensão de fabricação e comercialização de seus medicamentos com a substância cloridrato de ranitidina: Label comprimidos (150 mg), Label xarope e seus genéricos (cloridrato de ranitidina 150 mg, 300 mg e xarope). O recolhimento dos produtos foi feito de forma voluntária pela empresa, que protocolou o pedido junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O motivo foi parecido com o do losartana, presença de N-nitrosodimetilamina (NDMA), componente que pode ser cancerígeno e apareceu em grandes quantidades em alguns medicamentos que usaram a ranitidina produzida pela empresa indiana Saraca Laboratories Limited em setembro de 2019.
Referências bibliográficas: