Luxação do ombro: bloqueio de plexo ou sedação?

Poucos estudos foram realizados para comparar o bloqueio do plexo braquial guiado por ultrassom com sedação para redução das luxações do ombro.

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Poucos estudos foram realizados para comparar o bloqueio do plexo braquial guiado por ultrassom com sedação para redução das luxações do ombro. O estudo publicado no American Journal of Emergency Medicine teve como objetivo fornecer mais evidências sobre esta comparação.

Um ensaio clínico randomizado foi realizado em pacientes adultos (idade ≥ 18 anos) com luxação de ombro anterior tratados no Hospital Bahonar localizado no sudeste do Irã. Contraindicações para os medicamentos utilizados, paciente que não possa ser potencialmente atribuído aos grupos de estudo devido a uma condição médica subjacente, presença de comprometimento neurovascular relacionado com a luxação, presença de fraturas concomitantes e recusa em participar da pesquisa foram os critérios de exclusão considerados.

Dos 60 pacientes inscritos, 58 (96,7%) eram homens e 2 (3,3%) mulheres. A média de idade foi de 28,7 anos, com um mínimo de 18 e máximo de 58 anos. Os pacientes incluídos foram randomizados para os grupos: 1) PSA – analgesia e sedação com propofol e fentanil (n=30); 2) ISBPB – bloqueio do plexo braquial por via interescalênica guiado por ultrassom com lidocaína e epinefrina (n=30).

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O período de permanência na sala de emergência foi significativamente menor no grupo ISBPB, com valores médios de 108,6 (desvio padrão [DP]: 42,1) versus 80,2 (DP: 25,2) minutos (p=0,005). No entanto, os escores de dor no grupo PSA durante a redução apresentaram vantagem em relação ao grupo ISBPB (0,38 versus 3,43; p<0,001). Além disso, observou-se que a satisfação do paciente foi maior no grupo PSA (p<0,001).

Como conclusão, uma vez que consome menos tempo para reduzir a luxação do ombro, o uso de ISBPB guiado por ultrassom pode ser uma opção razoável para obter analgesia em um departamento de emergência com alta demanda ou quando houver necessidade de acelerar a rotatividade do paciente. No entanto, uma vez que os escores de dor podem ser menores usando PSA, esse método pode ser preferido por muitos médicos em outras situações.

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Referências:

  • Raeyat Doost E, Heiran MM, Movahedi M, Mirafzal A. Ultrasound-guided interscalene nerve block vs procedural sedation by propofol and fentanyl for anterior shoulder dislocations. Am J Emerg Med. 2017 Apr 14. pii: S0735-6757(17)30296-6. doi: 10.1016/j.ajem.2017.04.032. [Epub ahead of print]

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