O estado de São Paulo confirmou duas mortes por febre amarela no início de junho. Desde 2020, o estado não apresentava novos casos. Após décadas sem registros de novos casos, desde o início do século o estado tem vivenciado surtos da doença, com mais de 600 casos confirmados.
A febre amarela é transmitida por mosquitos silvestres, tem rápida evolução e alta letalidade. Seus sintomas são febre súbita, calafrios, dor de cabeça, dor no corpo, náuseas, vômitos e fraqueza. Tem padrão sazonal, com crescimento dos casos entre meses de dezembro e maio.
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Vacinação contra febre amarela
Neste ano a cobertura vacinal está em 82%. Isso é um crescimento em relação a 2022, quando a cobertura ficou em 64,4%, mas ainda não atinge a meta.
A vacina está disponível nos postos de saúde e a primeira dose deve ser aplicada aos 9 meses de idade e a segunda aos 4 anos. Depois dos 5 anos, aqueles que não estão com a vacina em dia, devem receber uma dose única.
Segundo a secretaria de saúde do estado, desde o primeiro caso, a vacinação foi reforçada e foi realizada uma investigação epidemiológica e sensibilização da rede de saúde para detecção precoce de casos suspeitos.
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Panorama no Brasil
A febre amarela é uma doença de notificação compulsória imediata, todo caso suspeito deve ser prontamente comunicado às autoridades competentes locais. A doença é considerada endêmica na região amazônica.
Em 2017-2018, o país passou por um grande surto que se espalhou para zona da Mata Atlântica. Segundo dados do Ministério da Saúde, entre 1º de julho de 2017 e 30 de junho de 2018, foram confirmados 1.376 casos, com 483 óbitos decorrentes da infecção.
Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal PEBMED.