Uma nova atualização em relação às recomendações para a imunização contra o papilomavírus humano (HPV) foi divulgada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo o estudo, o calendário com uma dose única – até então considerada uma alternativa – se mostrou eficaz e com uma proteção tão durável como o regime de duas doses.
Portanto, a partir de agora, meninas entre 9 e 20 anos podem receber uma única dose da vacina ou até duas, dependendo da disponibilidade e do programa de imunização de cada país. Já mulheres de 21 anos ou mais devem continuar tomando duas doses com um intervalo de seis meses.
Vale ressaltar que a atualização é uma maneira de reverter a queda no número de meninas e mulheres vacinadas contra o vírus, que é uma das maiores causas do câncer do colo do útero. Entre os anos de 2019 e 2021, o número de meninas que receberam a primeira dose caiu de 25% para 15%, ou seja, 3,5 milhões a mais de garotas deixaram de ser vacinadas, ficando desprotegidas contra a enfermidade.
De acordo com especialistas, a nova recomendação deve servir para melhorar o acesso à vacina, dando aos países a oportunidade de expandir o número de meninas que podem ser vacinadas e ainda reduzir os custos de uma série de doses, que acaba saindo mais caro para os sistemas de saúde.
Intervalo de seis meses entre as doses
A OMS ainda destacou a importância dos países fortalecerem os programas de imunização contra o HPV e apressarem a implementação do calendário de doses para reverter qualquer queda na cobertura vacinal.
A recomendação da entidade é oferecer uma dose ou um regime de duas a meninas de 9 a 14 anos. Já mulheres adolescentes e jovens de 15 a 20 anos podem tomar uma ou duas doses, dependendo do programa. E mulheres a partir de 21 anos devem tomar duas doses com um intervalo de seis meses.
A vacinação é uma prioridade para pessoas com a imunidade comprometida ou vivendo com HIV, o vírus que causa a AIDS. Esses pacientes devem contar com, no mínimo, duas doses e, quando possível, três.
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Público-alvo
O público-alvo das campanhas de vacinação contra o HPV são meninas de 9 a 14 anos que ainda não começaram a vida sexual. A imunização em alvos secundários como meninos ou mulheres com mais idade é recomendável apenas quando as vacinas estão disponíveis e acessíveis.
É sempre importante lembrar que o papiloma vírus é uma das maiores causas do câncer do colo do útero. O câncer do colo do útero é o quarto mais comum em mulheres, e mais de 95% dos casos resultam do HPV, transmitido sexualmente. Sendo assim, evitar o câncer através de programas de vacina mais eficientes é um passo fundamental para a prevenção de óbitos e doenças desnecessárias.
*Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal PEBMED.
4 abr. 2024 
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