A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou que a monkeypox passará a se chamar mpox em todos os idiomas. No entanto, ambos os nomes ainda serão utilizados durante um ano, até o termo varíola do macaco ser substituído por completo. Caso o nome se mostre problemático em qualquer idioma, a OMS pode realizar consultas com as autoridades competentes.
“A questão do uso do novo nome em diferentes idiomas foi amplamente discutida. O termo mpox pode ser usado em outras línguas”, afirmou a entidade.
Brasil registra 10 mil infecções por mpox
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil está atualmente com 10 mil infecções pela doença, com o primeiro caso sendo diagnosticado em junho deste ano. Conforme o painel de monitoramento da OMS, o país fica atrás somente dos Estados Unidos, que lidera com 29 mil casos. No mundo, foram mais de 81 mil casos registrados.
Em outubro, a entidade anunciou 26.017 casos do vírus mpox, com nove óbitos em todo o planeta. Quase dois meses depois, a situação se encontra em parâmetros críticos e, mostra mais uma vez, a dificuldade em lidar e conter a disseminação do vírus. Os principais afetados são pacientes, de 30 a 39 anos, seguido pela faixa etária de 20 a 29 anos, algo variável pelo avanço da enfermidade.
Na opinião do CEO da 4Life Prime Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho, Alex Araújo, a explosão de casos no país pode ser explicada pela falta de testes disponíveis e de orientações assertivas sobre as melhores práticas de contenção em ambientes públicos e privados.
“Muitos escritórios convivem com o afastamento de colaboradores pela enfermidade, mas, não disponibilizam testes e máscaras para a proteção de seus funcionários. Isso ocorre porque existe uma falta de orientação e treinamento voltado para a contenção de surtos e epidemias dentro das companhias. É necessário que as empresas fiquem atentas com o cenário nacional e internacional da saúde. A covid-19 mostrou que a qualquer momento nossa rotina pode ser afetada, então, é melhor estarmos preparados”, explicou o especialista.
OMS considera decretar fim das emergências de Covid-19 e monkeypox em 2023
A OMS informou nesta quarta-feira (14/12) que considera decretar o fim das emergências de saúde pública relacionadas à Covid-19 e à monkeypox em 2023, uma vez que as doenças não se apresentaram em fases mais perigosas nos últimos meses.
O diretor da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que o número de óbitos semanais por covid-19 era cerca de um quinto da cifra de um ano antes. “Na semana passada, menos de 10 mil pessoas morreram em decorrência da enfermidade. Já percorremos um longo caminho. Temos esperança de que em algum momento no próximo ano possamos dizer que a covid-19 não é mais uma emergência de saúde global”, disse em coletiva de imprensa.
Monkeypox
A OMS lembrou que na época do início do surto de monkeypox começou “declarações racistas e estigmatizantes” foram observadas online, o que levou alguns países e indivíduos a pedirem uma mudança de nome.
A doença recebeu esse nome porque foi originalmente identificada em macacos destinados à pesquisa na Dinamarca em 1958, mas a monkeypox se desenvolve mais comumente em roedores. Foi relatado pela primeira vez em humanos em 1970, na República Democrática do Congo.
Sua propagação em humanos estava limitada a certos países da África Ocidental, onde é endêmica. Mas em maio começaram a aparecer casos de monkeypox no mundo inteiro.
A enfermidade causa erupções cutâneas, que podem aparecer nos órgãos genitais ou na boca, acompanhadas de febre e dor de garganta. Neste ano, 81.107 casos foram registrados em 110 países, com um total de 55 mortes, segundo a OMS.
Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal PEBMED.
3 abr. 2024 
5 min. 
