Pilares para tratamento do Influenza em pediatria

Nesta semana em conteúdos compartilhados doWhitebook Clinical Decision, apresentamos: pilares para tratamento do Influenza em pediatria.

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Este conteúdo deve ser utilizado com cautela, e serve como base de consulta. Este conteúdo é destinado a profissionais de saúde. Pessoas que não estejam neste grupo não devem utilizar este conteúdo.

Definições: Infecção aguda de vias aéreas superiores e inferiores pelo vírus influenza, que cursa com quadro febril.

Apresentação clínica

Sintomas sistêmicos: Febre, mal-estar, mialgia, cefaleia, prostração, calafrios, artralgia, hiperemia conjuntival, rouquidão, linfadenopatia cervical, náuseas, vômitos e anorexia.

  • Sintomas respiratórios: Tosse, dispneia, coriza hialina e obstrução nasal.
  • Sinais de Gravidade: Caracterizam o quadro como síndrome respiratória aguda grave: Desconforto respiratório ou taquipneia; Saturação de oxigênio < 95% em ar ambiente; hipotensão; desidratação; alteração do sensório; miosite comprovada por CPK (≥ 2 a 3 vezes); persistência ou agravamento da febre por mais de 3 dias (pode indicar pneumonite primária pelo vírus influenza ou secundária a uma infecção bacteriana); exacerbação de doença pré-existente (DPOC, cardiopatia ou outras doenças com repercussão sistêmica); exacerbação dos sintomas gastrointestinais; Disfunções orgânicas graves (exemplo: insuficiência renal aguda). Sempre observar ao exame físico:
    ● Batimentos de asa de nariz;
    ● Tiragem intercostal;
    ● Sinais de desidratação;
    ● Cianose.

Fatores de risco para evolução desfavorável: ≤ 2 anos; População indígena; Pneumopatias (incluindo asma); Cardiovasculopatias (excluindo HAS); Doenças hematológicas (incluindo anemia falciforme); Distúrbios metabólicos (incluindo DM); Transtornos neurológicos e do desenvolvimento que possam comprometer a função respiratória ou aumentar o risco de aspiração (disfunção congênita, lesões medulares, epilepsia, paralisia cerebral, Sd de Down, AVE ou doenças neuromusculares); Imunossupressão (medicamentos, neoplasias, HIV/AIDS); Nefropatias; Hepatopatias; Indivíduos menores de 19 anos de idade em uso prolongado de ácido acetilsalicílico (risco de Síndrome de Reye); Obesidade; Gestantes (qualquer idade gestacional); Puérperas (até 2 semanas após o parto).

Síndrome gripal: A ausência de sinais de gravidade caracteriza a síndrome gripal.
● Quando não há outro diagnóstico e o paciente apresenta febre, de início súbito, mesmo que referida, acompanhada de tosse, dor de garganta e pelo menos um dos sintomas: mialgia, cefaleia ou artralgia.
● Em crianças com menos de 2 anos de idade considerar, na ausência de diagnóstico específico, febre de início súbito, mesmo que referida, e sintomas respiratórios: tosse, coriza e obstrução nasal.

Síndrome respiratória aguda grave (SRAG): A presença de sinais de gravidade caracteriza a síndrome respiratória aguda grave. As complicações mais comuns são:
● Pneumonia bacteriana e por outros vírus;
● Sinusite;
● Otite;
● Desidratação;
● Piora de doenças crônicas como insuficiência cardíaca, asma ou diabetes;
● Pneumonia primária por influenza, que ocorre predominantemente em pessoas com doenças cardiovasculares (especialmente doença reumática com estenose mitral) ou em grávidas.

Tratamento e indicações de uso de Antiviral:

Síndrome Gripal:

  • Paciente SEM fatores de risco de evolução desfavorável: Sintomáticos e aumentar ingestão de líquidos
  • Paciente COM fatores de risco de evolução desfavorável: Sintomáticos, aumentar ingestão de líquidos e Antiviral (Oseltamivir).

Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG): Sintomáticos, hidratação venosa, antiviral por 5 dias (Oseltamivir ou Zanamivir), antibioticoterapia e oxigenioterapia.

  • Tratamento Antiviral: Realizado com inibidores da neuraminidase por 5 dias, devendo ser iniciado nas primeiras 48 horas do início dos sintomas.

Profilaxia:

Vacinação Anual do Influenza:

  • 6-35 meses: 0,25 mL (em 1 ou 2 doses);
  • 3-8 anos: 0,50 mL (em 1 ou 2 doses);
  • > 9 anos: 0,50 mL em 1 dose.

Precauções padrão:

  • Higienização das mãos antes e após contato com o paciente;
  • Uso de Equipamentos de Proteção Individual (avental e luvas) ao contato com sangue e secreções;
  • Uso de óculos e máscara se houver risco de respingos;
  • Fazer descarte adequado de resíduos, segundo o regulamento técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde da Anvisa.
Este conteúdo foi desenvolvido por médicos, com objetivo de orientar médicos, estudantes de medicina e profissionais de saúde em seu dia-a-dia profissional. Ele não deve ser utilizado por pessoas que não estejam nestes grupos citados, bem como suas condutas servem como orientações para tomadas de decisão por escolha médica. Para saber mais, recomendamos a leitura dos termos de uso dos nossos produtos.

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