O teste para diagnóstico da monkeypox foi incluído no rol de procedimentos cobertos pelos planos de saúde particulares. A medida consta em uma nova resolução normativa aprovada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Conforme nota divulgada, a incorporação do teste faz parte do processo dinâmico de revisão do rol, que já foi modificado 12 vezes neste ano, garantindo a cobertura obrigatória de 11 procedimentos e 20 medicamentos.
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Em 2021, foram aprovadas alterações no processo de atualização. Até então, a lista era renovada a cada dois anos. Com a mudança, as propostas passaram a ser analisadas de forma contínua pela área técnica da ANS, que avalia critérios variados como os benefícios clínicos comprovados, o alinhamento às políticas nacionais de saúde e a relação entre custo e efetividade.
“A inclusão do exame complementar na lista de coberturas obrigatórias foi realizada de forma extraordinária, diante do cenário da doença que, atualmente, põe o Brasil entre os seis países com o maior número de casos confirmados em todo o mundo”, informou a nota divulgada pela ANS.
Aprovado mais um teste para diagnóstico no Brasil
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta segunda-feira (26/9), o segundo produto para o diagnóstico do vírus monkeypox no Brasil.
O Kit Molecular Monkeypox (MPXV) Bio-Manguinhos é fabricado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Trata-se de um ensaio molecular que detecta as regiões genômicas do vírus Monkeypox (MPXV), com a identificação da cepa África Ocidental (WA), do controle interno (CI) e de alvo do gene constitutivo humano – RNAseP (RP).
Diagnóstico e sintomas
O objetivo do teste é possibilitar o diagnóstico in vitro do vírus Monkeypox e a identificação da cepa WA circulante, a partir de amostras obtidas das lesões na pele de pacientes que apresentam sintomas de infecção pelo vírus.
Para conceder o registro, a agência analisou diversos requisitos técnicos dispostos na Resolução (RDC) 36/2015, como o desempenho clínico e o gerenciamento de risco, que servem para garantir a adequabilidade do produto ao uso proposto. Pela avaliação, o produto atendeu aos critérios técnicos definidos pela Agência.
Entre os sintomas mais freqüentes da varíola dos macacos, estão: erupção cutânea, cefaléia, febre, astenia/fraqueza, adenomegalia, dores musculares, suor/calafrios, dores na garganta, artralgia, dores nas costas, náusea/vômito, fotossensibilidade, sinais hemorrágicos e conjuntivite.
Os sinais e sintomas duram de duas a quatro semanas, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), e desaparecem por conta própria, geralmente sem complicações.