No dia 01 de abril de 2013, por meio da Portaria 259, o Ministério da Saúde instituiu a Política Nacional de Segurança do paciente, seguindo recomendações e tendências internacionais de tratar a segurança do paciente como um problema de saúde pública. Após a publicação da portaria, o Ministério da Saúde em consonância com a ANVISA aderiram às 6 metas internacionais de segurança do paciente.
A primeira das metas é a identificação correta do paciente. Ela é de fundamental importância e primeira meta porque uma falha nessa meta pode desencadear uma sequência de erros.
Protocolos institucionais de identificação do paciente diminuem as chances de falha nessa etapa. A considerar a quantidade de intervenções que a equipe de enfermagem realiza no usuário dos serviços de saúde, é fundamental que a equipe esteja devidamente treinada e consciente da importância do cumprimento do protocolo.
Objetivamente, como alcançar sucesso nessa meta?
- Estabelecendo que todos os pacientes dentro do serviço de saúde esteja com pulseira de identificação. A pulseira deve ser branca, com letras pretas e conter ao menos dois identificadores, ser colocada no membro da pessoa.
- Os identificadores na pulseira são o nome completo e uma informação adicional, como nome da mãe, data de nascimento ou número do prontuário, por exemplo. Aqueles pacientes cuja identificação do nome não tenha sido possível no momento da internação, pode ter tal identificador substituído por características físicas marcantes (raça, sexo, altura etc.)
- Leito de internação e diagnóstico médico não devem ser utilizados como identificadores para não objetificar o paciente e porque são dados que podem ser alterados ao longo da internação hospitalar.
- O paciente e a família devem ser empoderados e estimulados a pesquisar sobre o tema e a participar desse processo;
- Toda a equipe deve conferir a pulseira do paciente antes de todo e qualquer cuidado, além de perguntar o nome do paciente ao paciente ou ao acompanhante
É fundamental destacar que a adoção de protocolos de segurança do paciente requer, muitas vezes, mudança de uma cultura por parte dos profissionais de saúde, de modo que é necessário tempo e recorrentes treinamentos em serviço e educação em saúde para alcançar sucesso nos objetivos.
Autores(as):
Juan Carlos Silva Possi
Mestre em Enfermagem (EEAN/UFRJ) e Especialista em Pediatria (IFF/FIOCRUZ) e Preceptoria no SUS (HSL).Enfermeiro das UTIs Pediátricas do IPPMG/UFRJ e do HUPE/UERJ. Docente da Uni São José.
Camila Tenuto Messias da Fonseca
Enfermeira (EEAAC/UFF) • Especialista em Terapia Intensiva Neonatal (IFF/FIOCRUZ) • Especialista em Terapia Intensiva (UNYLEYA). Discente do Mestrado Profissional em Ensino na Saúde (EEAAC/UFF) • Enfermeira rotina do CTI Geral (HUPE/UERJ).