Quais os fatores de risco para tromboembolismo venoso após fraturas de tornozelo?

Toda cirurgia pode aumentar o risco de desenvolver tromboembolismo, porém fraturas isoladas no tornozelo e pé carregam peculiaridades.

As lesões ortopédicas sabidamente predispõem os pacientes a uma maior chance de tromboembolismo. Dessa maneira, a tromboprofilaxia vem sendo recomendada aos pacientes quando os benefícios superam os riscos. Entretanto, não há consenso sobre essa recomendação para fraturas de pé ou tornozelo isoladas. 

A taxa de tromboembolismo após uma fratura isolada de pé ou tornozelo na literatura é menor que 0,8%, aumentando o risco com a idade. Baseado nisso, a Sociedade Americana de Pé e Tornozelo (AOFAS) não recomenda a tromboprofilaxia em cirurgias abaixo do joelho. 

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Quais os fatores de risco para tromboembolismo venoso após fraturas de tornozelo?

Quais os fatores de risco para tromboembolismo venoso após fraturas de tornozelo?

O estudo 

Foi publicado no último mês, na revista Plos One, um estudo com o objetivo de analisar pacientes, fraturas e outras variáveis para identificar fatores preditivos de TVP em pacientes com fraturas isoladas do pé e tornozelo. Foi realizada uma análise retrospectiva em uma base de dados americana de pacientes maiores de 18 anos com fraturas de pé ou tornozelo entre 2015 e 2020. 

 

Métodos e resultados 

Foram identificados 298.886 pacientes com fraturas isoladas do pé ou tornozelo, dos quais 1.661 (0,56%) tiveram TEV nos 90 dias após a fratura. Em termos de tempo, 27,3% ocorreram na primeira semana e 49,8% ocorreram nas três primeiras semanas.  

Fatores de risco independentes para TEV incluiram (em ordem decrescente): TEV prévio (razão ímpar [OR] = 25,44), fator V Leiden (OR = 24,34), câncer ativo (OR = 1,84), fratura do metatarso (múltiplas fraturas [OR: 1,51], fratura do tornozelo [OR = 1,51] e fratura do calcâneo [OR = 1,24]), tratamento cirúrgico (OR = 1,41), sexo masculino (OR = 1,19), maior índice de Elixhauser (OR = 1,05) e aumento da idade (OR:1,05 por década) (p<0,05 para cada). 

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Conclusão 

O estudo constatou que, embora apenas 0,56% das fraturas isoladas do pé e tornozelo apresentaram TEV em noventa dias, fatores de risco definidos, como Fator V Leiden, TEV prévio, tratamento cirúrgico, câncer ativo e padrões específicos de fratura significativamente afetaram as chances de sua ocorrência. 

 

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