Quais são os fatores mais associados a pseudartrose de fraturas de fêmur distal?

Um estudo avaliou a capacidade preditiva de fatores de risco em desenvolver pseudoartrose levando à cirurgia em fraturas do fêmur distal.

As fraturas do fêmur distal representam cerca de 0,4% das fraturas em adultos com uma mortalidade aumentada após um ano da lesão em pacientes acima de 60 anos. Apesar do uso amplo das placas bloqueadas laterais no tratamento dessas fraturas, há uma taxa de pseudoartrose que pode chegar a 22% com a maioria ocorrendo até três meses após a cirurgia. 

Os fatores associados a pseudoartrose do fêmur nesses pacientes incluem obesidade, diabetes, infecção, tabagismo, fraturas expostas ou cominuídas, tipo de material e conformação da síntese.  Entretanto, o valor preditivo de tais fatores não foi exatamente definido em estudos anteriores. 

Foi publicado, neste mês, na revista Bone and Joint Open, um estudo com o objetivo de avaliar a capacidade preditiva dos fatores de risco relacionados à lesão, ao paciente e ao tratamento no desenvolvimento de pseudartrose levando à cirurgia secundária em pacientes com fraturas distais do fêmur. 

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Quais são os fatores mais associados a pseudartrose de fraturas de fêmur distal?

Quais são os fatores mais associados a pseudartrose de fraturas de fêmur distal?

Métodos 

Foi conduzido um estudo de coorte retrospectivo de pacientes adultos com fratura traumática do fêmur distal tratados com placa bloqueada lateral entre 2009 e 2018 em um hospital de Helsinki. Os pacientes submetidos à cirurgia secundária devido a problema de consolidação da fratura ou falha da placa foram considerados como tendo pseudartrose.  

Um modelo de regressão logística foi usado com pacientes previamente identificados e relacionados a lesões variáveis (idade, sexo, IMC, diabetes, tabagismo, fratura periprotética, fratura exposta, energia do trauma, comprimento da zona de fratura, cominuição da fratura, cominuição medial) na primeira análise e com 

variáveis (diferentes fatores relacionados à cirurgia, por exemplo comprimento da placa, colocação do parafuso e fixação proximal) na segunda análise para prever a pseudartrose. 

Resultados

Foram incluídas 299 fraturas em 291 pacientes. Ao todo, 31/299 fraturas (10%) evoluíram para pseudartrose.  O IMC foi a variável mais importante na predição da primeira análise. Na segunda análise, o comprimento da placa era a variável mais importante na previsão. 

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Conclusão e mensagem prática 

O modelo incluindo fatores relacionados aos pacientes e às fraturas teve capacidade preditiva moderada na previsão de pseudartrose de fêmur distal levando a cirurgia secundária. O IMC foi a variável mais importante na predição de pseudartrose. Fatores relacionados ao cirurgião tiveram um papel menor na previsão da ausência de consolidação.  

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Referências bibliográficas: Ícone de seta para baixo
  • Sainio H, Rämö L, Reito A, Silvasti-Lundell M, Lindahl J. Prediction of fracture nonunion leading to secondary surgery in patients with distal femur fractures. Bone Jt Open. 2023 Aug 15;4(8):584-593. doi: 10.1302/2633-1462.48.BJO-2023-0077.R1 PMID: 37580052; PMCID: PMC10425244. 

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