O bom funcionamento da articulação interfalangeana proximal (IFP) do dedo é crítico para a função da mão. As fraturas articulares, principalmente da base da falange média são causas importantes de perda de função dessa articulação e são muitas das vezes um desafio para o cirurgião. Uma série de tratamento estão disponíveis como fixação externa estática ou dinâmica, redução aberta e uso de fixador interno, pinagem percutânea, artroplastia da placa volar ou reconstrução com enxerto de hemi-hamato.

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Nos últimos anos as técnicas com fixação externa vêm ganhando força principalmente por permitir a mobilização precoce e reduzir as chances de rigidez. Entretanto, têm como desvantagens a possibilidade de afrouxamento dos pinos, chance de infecção pelo contato com o meio externo e dificuldade de aceitação do paciente pela questão estética.

Foi publicado no último mês um estudo na revista “HAND” com o objetivo de demonstrar os resultados do uso de um fixador interno temporário para fraturas graves da base da falange média. Esse dispositivo teoricamente mantém a possibilidade de mobilização precoce e remove os riscos de infecção do trajeto de pino.

Métodos

Foi desenvolvido um estudo retrospectivo entre 2 hospitais americanos na Florida de casos agudos de fratura-luxação da IFP operados com o fixador interno articulado entre 2010 e 2020 que mantinham a cortical dorsal íntegra. Informações coletadas incluíram tempo desde a lesão até a intervenção cirúrgica, tempo desde a implantação até a remoção do dispositivo, complicações e amplitude de movimento no pré-operatório e pós-operatório.

Resultados

Sete pacientes preencheram os critérios de inclusão com idade média de 51 anos (variação: 24-72) e seguimento médio de 29 (intervalo: 11-72) meses. Após a remoção do fixador, o arco médio do movimento da articulação IFP foi de 8° a 88° (intervalo: 0°-100°). Não houve infecções, nenhum afrouxamento ou falha de hardware e nenhum procedimento de revisão.

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Conclusão e mensagem prática

Os achados atuais são comparáveis aos resultados dos fixadores externos dinâmicos. Um estabilizador articular interno para lesões instáveis na base da falange média proporciona resultados funcionais satisfatórios, permite movimento pós-operatório precoce e atenua as complicações de rotina que podem surgir com a fixação externa.

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