Quiz: cefaleia e dor cervical e na hemiface direita
Homem de 36 anos com quadro súbito de cefaleia, dor cervical e na hemiface esquerda. O paciente não possuía fatores de risco para doença cérebro vascular.
Homem de 36 anos, advogado, com quadro súbito de cefaleia, dor cervical e na hemiface direita. O paciente não possuía fatores de risco para doença cérebro vascular. Ao exame físico, disfonia, disfagia, e alterações na motricidade da língua. Veja mais do caso e, a partir da imagem, responda o quiz!
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1. Pergunta
Homem de 36 anos, advogado, com quadro súbito de cefaleia, dor cervical e na hemiface direita. O paciente não possuía fatores de risco para doença cérebro vascular. Ao exame físico, disfonia, disfagia, e alterações na motricidade da língua. A suspeita diagnóstica de dissecção espontânea de carótida foi confirmada pelo estudo de neuroimagem vascular. Ao solicitar o paciente para exteriorizar a língua (imagem), qual o nervo acometido?
Correto
As dissecções arteriais são uma causa comum de AVC em jovens, mas podem ocorrer em qualquer idade. A dissecção ocorre quando a integridade estrutural da parede arterial é comprometida, permitindo uma coleção de sangue entre as camadas como um hematoma intramural. Existe associação com fatores de risco: hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, dislipidemia, síndromes de anticorpo antifosfolípides, trombofilias, traumas cervicais leves (muitas vezes não valorizados pelo paciente) e alterações genéticas do tipo displasia fibromuscular, síndrome de Marfan e síndrome de Ehlers-Danlos.
A paralisia dos nervos cranianos inferiores é explicada por dois mecanismos: compressão nervosa direta e/ou a compressão da artéria faríngea ascendente (ramo da artéria carótida externa que contribui para a irrigação dos nervos cranianos inferiores) que levará a isquemia dos nervos. O acometimento do nervo hipoglosso é o mais frequente, ipsilateral à dissecção. Em condições normais, a contração simultânea de ambos os músculos genioglossos exterioriza a língua na linha média. Em lesões unilaterais, a língua dentro da cavidade oral desvia-se para o lado são, mas ao ser exteriorizada, há desvio da ponta da língua para o lado afetado. Na imagem, paciente jovem com dissecção da carótida direita e lesão do nervo hipoglosso ipsilateral. No caso em questão, houve envolvimento dos nervos IX, X, XI e XII.
Referências bibliográficas:
Debette S, Compter A, Labeyrie MA, et al. Epidemiology, pathophysiology, diagnosis, and management of intracranial artery dissection. Lancet Neurol 2015; 14:640.
Mattioni A, Paciaroni M, Sarchielli P, et al. Multiple cranial nerve palsies in a patient with internal carotid artery dissection. Eur Neurol 2007; 58:125.
Incorreto
As dissecções arteriais são uma causa comum de AVC em jovens, mas podem ocorrer em qualquer idade. A dissecção ocorre quando a integridade estrutural da parede arterial é comprometida, permitindo uma coleção de sangue entre as camadas como um hematoma intramural. Existe associação com fatores de risco: hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, dislipidemia, síndromes de anticorpo antifosfolípides, trombofilias, traumas cervicais leves (muitas vezes não valorizados pelo paciente) e alterações genéticas do tipo displasia fibromuscular, síndrome de Marfan e síndrome de Ehlers-Danlos.
A paralisia dos nervos cranianos inferiores é explicada por dois mecanismos: compressão nervosa direta e/ou a compressão da artéria faríngea ascendente (ramo da artéria carótida externa que contribui para a irrigação dos nervos cranianos inferiores) que levará a isquemia dos nervos. O acometimento do nervo hipoglosso é o mais frequente, ipsilateral à dissecção. Em condições normais, a contração simultânea de ambos os músculos genioglossos exterioriza a língua na linha média. Em lesões unilaterais, a língua dentro da cavidade oral desvia-se para o lado são, mas ao ser exteriorizada, há desvio da ponta da língua para o lado afetado. Na imagem, paciente jovem com dissecção da carótida direita e lesão do nervo hipoglosso ipsilateral. No caso em questão, houve envolvimento dos nervos IX, X, XI e XII.
Referências bibliográficas:
Debette S, Compter A, Labeyrie MA, et al. Epidemiology, pathophysiology, diagnosis, and management of intracranial artery dissection. Lancet Neurol 2015; 14:640.
Mattioni A, Paciaroni M, Sarchielli P, et al. Multiple cranial nerve palsies in a patient with internal carotid artery dissection. Eur Neurol 2007; 58:125.
A respeito do acompanhamento desta paciente e de outros casos de abortamento provocado, qual das alternativas a seguir você deve considerar como sendo mais adequada? Clique no banner abaixo e responda no nosso fórum.
Boa Noite,
Me chamo João Ricardo e gostaria de saber se ocorreu erro de digitação na explicação para paralisia dos nervos cranianos inferiores, pois no final diz que houve comprometimento IX par craniano que é o glossofaríngeo. Porém, na resposta diz Nervo Hipoglosso direito que é o NCXII.
Obrigado>
Boa Noite,
Me chamo João Ricardo e gostaria de saber se ocorreu erro de digitação na explicação para paralisia dos nervos cranianos inferiores, pois no final diz que houve comprometimento IX par craniano que é o glossofaríngeo. Porém, na resposta diz Nervo Hipoglosso direito que é o NCXII.
Obrigado>
Boa tarde, João Ricardo. Realmente havia uma confusão no texto, mas já corrigimos. Obrigada!