Paciente do sexo masculino, com 40 semanas e três dias, Apgar 09/09, perímetro cefálico 33cm ao nascer sob parto vaginal, de mãe primigesta. O trabalho de parto foi induzido no quarto dia após a mãe estar sentindo fortes dores pélvicas, sem dilatação cervical. Foi necessário o uso de forceps.
Com dois meses de vida, o paciente realizou tomografia de crânio para avaliação de surgimento de “galo na cabeça”, segundo relato materno.
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Quiz PEBMED
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1. Pergunta
Diante dos achados de imagem e história clínica, qual sua hipótese diagnóstica?
Correto
Resposta: b) Cefalohematoma
Observe no nosso caso, tanto os dados de imagem e história clínica. Este último, nos dá a dica de que houve traumatismo no parto, com o uso de fórceps e na avaliação por imagem, um dado de extrema relevância, é o fato do hematoma não ultrapassar as suturas, fazendo o aluno obrigatoriamente, destacar a opção A como correta (hematoma – seta vermelha/ sutura sagital – seta amarela).
Sabemos que o cefalohematoma é um hematoma subperiosteal do crânio, ocorrendo em geral, nos partos em que houve algum evento traumático. Ele se localiza entre o periósteo e crânio e por isso, não ultrapassa suturas (diferença para a bossa serossanguínea que ultrapassa as suturas cranianas). Seus principais fatores de risco são: parto vaginal, uso de fórceps, mães primíparas, pacientes sexo masculino.
Eles em geral, crescem de tamanho após o nascimento, sendo observado pelos pais como uma lesão “endurecida” e palpável. Podem ser uni ou bilaterais.
Na imagem, eles se apresentam como um hematoma entre o periósteo e crânio, sem cruzar as suturas e que após, duas ou três semanas calcificam, inicialmente na sua periferia. Na tomografia, como no nosso caso, vemos uma imagem em crescente na tábua externa do crânio, hiperdensa nos casos que já calcificaram.
Tratamento não é necessário, com involução no período de 3 a 4 meses. Devemos ressaltar que não é recomendado a realização de imagem, principalmente tomografia computadorizada, diante destes achados e história clínica.
Referências bibliográficas:
Rooks VJ, Eaton JP, Ruess L et-al. Prevalence and evolution of intracranial hemorrhage in asymptomatic term infants. AJNR Am J Neuroradiol. 2008;29 (6): 1082-9.
Bansal AG, Oudsema R, Masseaux JA, Rosenberg HK. US of Pediatric Superficial Masses of the Head and Neck. (2018) Radiographics : a review publication of the Radiological Society of North America, Inc. 38 (4): 1239-1263.
Brisse H, Orbach D, Klijanienko J, Fréneaux P, Neuenschwander S. Imaging and diagnostic strategy of soft tissue tumors in children. Eur Radiol 2006;16(5):1147–1164.
Navarro OM. Soft tissue masses in children. Radiol Clin North Am 2011;49(6):1235–1259, vi–vii
Incorreto
Resposta: b) Cefalohematoma
Observe no nosso caso, tanto os dados de imagem e história clínica. Este último, nos dá a dica de que houve traumatismo no parto, com o uso de fórceps e na avaliação por imagem, um dado de extrema relevância, é o fato do hematoma não ultrapassar as suturas, fazendo o aluno obrigatoriamente, destacar a opção A como correta (hematoma – seta vermelha/ sutura sagital – seta amarela).
Sabemos que o cefalohematoma é um hematoma subperiosteal do crânio, ocorrendo em geral, nos partos em que houve algum evento traumático. Ele se localiza entre o periósteo e crânio e por isso, não ultrapassa suturas (diferença para a bossa serossanguínea que ultrapassa as suturas cranianas). Seus principais fatores de risco são: parto vaginal, uso de fórceps, mães primíparas, pacientes sexo masculino.
Eles em geral, crescem de tamanho após o nascimento, sendo observado pelos pais como uma lesão “endurecida” e palpável. Podem ser uni ou bilaterais.
Na imagem, eles se apresentam como um hematoma entre o periósteo e crânio, sem cruzar as suturas e que após, duas ou três semanas calcificam, inicialmente na sua periferia. Na tomografia, como no nosso caso, vemos uma imagem em crescente na tábua externa do crânio, hiperdensa nos casos que já calcificaram.
Tratamento não é necessário, com involução no período de 3 a 4 meses. Devemos ressaltar que não é recomendado a realização de imagem, principalmente tomografia computadorizada, diante destes achados e história clínica.
Referências bibliográficas:
Rooks VJ, Eaton JP, Ruess L et-al. Prevalence and evolution of intracranial hemorrhage in asymptomatic term infants. AJNR Am J Neuroradiol. 2008;29 (6): 1082-9.
Bansal AG, Oudsema R, Masseaux JA, Rosenberg HK. US of Pediatric Superficial Masses of the Head and Neck. (2018) Radiographics : a review publication of the Radiological Society of North America, Inc. 38 (4): 1239-1263.
Brisse H, Orbach D, Klijanienko J, Fréneaux P, Neuenschwander S. Imaging and diagnostic strategy of soft tissue tumors in children. Eur Radiol 2006;16(5):1147–1164.
Navarro OM. Soft tissue masses in children. Radiol Clin North Am 2011;49(6):1235–1259, vi–vii
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Graduada em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro- UFRJ. Residência médica em Radiologia e diagnóstico por imagem na Universidade Federal do Rio de Janeiro- UFRJ. Especialização em Radiologia Pediátrica em 2018. Médica radiologista pediátrica no Hospital Municipal Jesus, Instituto Fernandes Figueira (IFF) e Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG).