Quiz: mulher com dor abdominal e sem outros sintomas; qual a hipótese diagnóstica?
Paciente sexo feminino, 35 anos, queixando-se de dor abdominal na fossa ilíaca esquerda há uma semana, com melhora parcial após uso de analgésicos comuns.
Paciente sexo feminino, 35 anos, queixando-se de dor abdominal na fossa ilíaca esquerda há uma semana, com melhora parcial após uso de analgésicos comuns. Nega febre, diarreia, vômitos ou outros sintomas. Nega a possibilidade de gravidez, referindo ausência de relações sexuais nos últimos seis meses. A partir dos achados de imagem e exames, qual a principal hipótese diagnóstica? Responda abaixo em nosso quiz!
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1. Pergunta
Paciente sexo feminino, 35 anos, queixando-se de dor abdominal na fossa ilíaca esquerda há uma semana, com melhora parcial após uso de analgésicos comuns. Nega febre, diarreia, vômitos ou outros sintomas. Refere evacuações e micções normais, sem queixas. Nega a possibilidade de gravidez, referindo ausência de relações sexuais nos últimos seis meses. Procurou emergência para melhor avaliação do quadro.
Ao exame físico: hidratada, corada, acianótica e anictérica. Dor abdominal no flanco e fossa ilíaca esquerdas, sem sinais de defesa abdominal.
Exames laboratoriais: normais.
Foi solicitada tomografia computadorizada do abdome (pedido médico interrogava ureterolitíase à esquerda).
Diante dos achados de imagem qual sua hipótese diagnóstica?
Correto
O teratoma cístico ovariano maduro representa 11-20% da totalidade de todos os tumores do ovário na vida adulta, sendo mais frequente na população pediátrica (cerca de 50% dos casos). É um tumor cístico bem diferenciado, contendo tecido maduro derivado de duas ou três linhagens germinativas: ectoderme, mesoderme e endoderme.
Em geral, são tumores assintomáticos e acabam sendo descobertos acidentalmente quando a paciente realiza exame de imagem por outros motivos. Apesar de raro, eles podem complicar com torção ovariana e nestes casos, a paciente apresentará dor pélvica aguda.
São de fácil detecção nos exames de imagem por serem lesões mistas e na maioria dos casos, apresentam componente gorduroso e áreas de calcificação, que auxiliam na suspeita diagnóstica. Na ultrassonografia caracteriza-se por lesão predominantemente cística com nódulo parietal ecogênico. Podem-se observar ainda calcificações e gordura no interior da lesão.
A tomografia computadorizada (TC) de abdome e pelve deve ser realizada antes e após a administração do contraste venoso. A TC, no caso específico do teratoma maduro, possui uma sensibilidade bastante elevada (98% dos casos). Nela observamos áreas com densidade negativa (gordura), calcificações e na maioria dos casos, o nódulo mural (Rokitansky) no interior da formação cística.
Na ressonância magnética as sequências com supressão de gordura (T1 fat-sat) são úteis para diferenciar componente gorduroso e hemático (ambos apresentam sinal elevado no T1).
Lembrando que diante da suspeita de lesão ovariana ou uterina os exames de imagem a serem solicitados preferencialmente, são ultrassonografia ou ressonância magnética da pelve. A TC tem seu papel estabelecido como no caso acima, no contexto de urgência/emergência, pela sua maior disponibilidade, fácil acesso e rápida realização.
Referências bibliográficas:
Rha SE ET al. Atypical CT and MRI manifestations of mature ovarian cystic teratomas. AJR AM J Roentgenol, 2004, 183(3): 735-40.
Levine D et al. Management of asymptomatic ovarian and other adnexal cysts imaged at US: Society of radiologists in ultrasound consensus conference statement. September2010 Radiology, 256, 943-954.
Fibus TF. Intraperitoneal rupture of a benign cystic ovarian teratoma: findings at CT and MR imaging. AJR Am J Roentgenol. 2000; 174(1): 261-2.
Incorreto
O teratoma cístico ovariano maduro representa 11-20% da totalidade de todos os tumores do ovário na vida adulta, sendo mais frequente na população pediátrica (cerca de 50% dos casos). É um tumor cístico bem diferenciado, contendo tecido maduro derivado de duas ou três linhagens germinativas: ectoderme, mesoderme e endoderme.
Em geral, são tumores assintomáticos e acabam sendo descobertos acidentalmente quando a paciente realiza exame de imagem por outros motivos. Apesar de raro, eles podem complicar com torção ovariana e nestes casos, a paciente apresentará dor pélvica aguda.
São de fácil detecção nos exames de imagem por serem lesões mistas e na maioria dos casos, apresentam componente gorduroso e áreas de calcificação, que auxiliam na suspeita diagnóstica. Na ultrassonografia caracteriza-se por lesão predominantemente cística com nódulo parietal ecogênico. Podem-se observar ainda calcificações e gordura no interior da lesão.
A tomografia computadorizada (TC) de abdome e pelve deve ser realizada antes e após a administração do contraste venoso. A TC, no caso específico do teratoma maduro, possui uma sensibilidade bastante elevada (98% dos casos). Nela observamos áreas com densidade negativa (gordura), calcificações e na maioria dos casos, o nódulo mural (Rokitansky) no interior da formação cística.
Na ressonância magnética as sequências com supressão de gordura (T1 fat-sat) são úteis para diferenciar componente gorduroso e hemático (ambos apresentam sinal elevado no T1).
Lembrando que diante da suspeita de lesão ovariana ou uterina os exames de imagem a serem solicitados preferencialmente, são ultrassonografia ou ressonância magnética da pelve. A TC tem seu papel estabelecido como no caso acima, no contexto de urgência/emergência, pela sua maior disponibilidade, fácil acesso e rápida realização.
Referências bibliográficas:
Rha SE ET al. Atypical CT and MRI manifestations of mature ovarian cystic teratomas. AJR AM J Roentgenol, 2004, 183(3): 735-40.
Levine D et al. Management of asymptomatic ovarian and other adnexal cysts imaged at US: Society of radiologists in ultrasound consensus conference statement. September2010 Radiology, 256, 943-954.
Fibus TF. Intraperitoneal rupture of a benign cystic ovarian teratoma: findings at CT and MR imaging. AJR Am J Roentgenol. 2000; 174(1): 261-2.
A respeito do acompanhamento desta paciente e de outros casos de abortamento provocado, qual das alternativas a seguir você deve considerar como sendo mais adequada? Clique no banner abaixo e responda no nosso fórum.
Graduada em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro- UFRJ. Residência médica em Radiologia e diagnóstico por imagem na Universidade Federal do Rio de Janeiro- UFRJ. Especialização em Radiologia Pediátrica em 2018. Médica radiologista pediátrica no Hospital Municipal Jesus, Instituto Fernandes Figueira (IFF) e Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG).