Paciente do sexo feminino, 46 anos, previamente hígida, compareceu a Serviço de Urgência relatando perda de força muscular em membros superiores, principalmente à esquerda, e “sensação de desmaio”. Vamos testar seu conhecimento com nosso quiz?
Quiz - Imagem da semana
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Quiz PEBMED
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1. Pergunta
Introdução do caso:
Paciente do sexo feminino, 46 anos, previamente hígida, compareceu a Serviço de Urgência relatando perda de força muscular em membros superiores, principalmente à esquerda, e “sensação de desmaio”. Negou uso de medicamentos ou outras drogas. À admissão, apresentava pressão arterial de 190×100 mmHg, sem outras alterações ao exame físico. Na sequência, foi solicitada ressonância magnética (RM) do encéfalo (Imagens 1-4):
Pergunta:
Após análise do caso e das imagens anexas, qual é o provável diagnóstico?
Correto
Resposta: Meningioma
Pela análise das imagens, a paciente apresenta uma massa bem delimitada, arredondada,com hipersinal à RM e em continuidade com a meninge. Levando em consideração essascaracterísticas e o quadro clínico, depreende-se que o diagnóstico mais provável do caso é demeningioma,que em geral se apresenta como lesão única nodular, bem delimitada e implantadanas meninges, iso ou hiperintensa em T2 e hiperintensa em FLAIR, que raramente invade oparênquima cerebral e pode apresentar edema adjacente.
Meningiomas são mais comuns no sexo feminino e têm fatores de risco variáveis e muitas vezes evitáveis, como o uso de anticoncepcionais orais e de terapia de reposição hormonal. Amaioria dos casos é benigna, entretanto, por se instalarem no sistema nervoso central (SNC) e terem caráter compressivo, podem causar grave morbidade ou mesmo óbito. A confirmação diagnóstica requer exame histopatológico; a decisão pela intervenção cirúrgica é prévia e apoia-se na história clínica, nos sintomas de compressão do SNC e em dados obtidos pela propedêutica por imagem. O tratamento é cirúrgico, com ou sem radioterapia ou apenas radioterapia.
O glioblastoma é a neoplasia cerebral primária maligna mais frequente na idade adulta, responsável por 40% dos tumores primitivos do SNC. Manifesta-se normalmente com cefaleias holocranianas pulsáteis, náuseas e vômitos. Em casos mais graves, pode causar déficit cognitivo e motor. À RM, apresenta-se como lesão que cresce de forma infiltrativa, com limites mal definidos.
Astrocitomas são tumores que se originam dos astrócitos, células estreladas que desempenham papel de sustentação no SNC, e, portanto, pertencem ao grupo dos gliomas, à semelhança dos glioblastomas. Nas imagens de RM, o tumor apresenta-se habitualmente como lesão com efeito de massa, sem sinais de edema ou hemorragia adjacente. Além disso, apresenta-se como imagem hiperintensa em T2.
A lesão metastática no SNC origina-se, em sua maioria, dos tumores hepáticos e pulmonares. Apresenta-se por meio de lesões múltiplas, bem diferenciadas e delimitadas, e com edema circundante (vide Caso 344do Imagem da Semana). Pode ainda ser acompanhada de hemorragia intratumoral e calcificações heterogêneas.
Confira a discussão completa no Caso 378 no site do Imagem da Semana!
Referências bibliográficas:
Wiemels J, Wrensch M, Claus EB. Epidemiology and etiology of meningioma. J Neurooncol 2010; 99:307.
Morris Z, Whiteley WN, Longstreth WT Jr, et al. Incidental findings on brain magnetic resonance imaging: systematic review and meta-analysis. BMJ 2009; 339:b3016. – Umansky F, Shoshan Y, Rosenthal G, et al. Radiation-induced meningioma. Neurosurg Focus 2008; 24:E7.
Claus EB, Calvocoressi L, Bondy ML, et al. Exogenous hormone use, reproductive factors, and risk of intracranial meningioma in females. J Neurosurg 2013; 118:649. – Niedermaier T, Behrens G, Schmid D, et al. Body mass index, physical activity, and risk of adult meningioma and glioma: A meta-analysis. Neurology 2015; 85:1342.
Sahm F, Schrimpf D, Olar A, et al. TERT Promoter Mutations and Risk of Recurrence in Meningioma. J Natl Cancer Inst 2016; 108.
Nowosielski M, Galldiks N, Iglseder S, et al. Diagnostic challenges in meningioma. Neuro Oncol 2017; 19:1588.
Umansky F, Shoshan Y, Rosenthal G, et al. Radiation-induced meningioma. Neurosurg Focus 2008; 24:E7.
Braganza MZ, Kitahara CM, Berrington de González A, et al. Ionizing radiation and the risk of brain and central nervous system tumors: a systematic review. Neuro Oncol 2012; 14:1316.
Rogers L, Barani I, Chamberlain M, et al. Meningiomas: knowledge base, treatment outcomes, and uncertainties. A RANO review. J Neurosurg 2015; 122:4.
Incorreto
Resposta: Meningioma
Pela análise das imagens, a paciente apresenta uma massa bem delimitada, arredondada,com hipersinal à RM e em continuidade com a meninge. Levando em consideração essascaracterísticas e o quadro clínico, depreende-se que o diagnóstico mais provável do caso é demeningioma,que em geral se apresenta como lesão única nodular, bem delimitada e implantadanas meninges, iso ou hiperintensa em T2 e hiperintensa em FLAIR, que raramente invade oparênquima cerebral e pode apresentar edema adjacente.
Meningiomas são mais comuns no sexo feminino e têm fatores de risco variáveis e muitas vezes evitáveis, como o uso de anticoncepcionais orais e de terapia de reposição hormonal. Amaioria dos casos é benigna, entretanto, por se instalarem no sistema nervoso central (SNC) e terem caráter compressivo, podem causar grave morbidade ou mesmo óbito. A confirmação diagnóstica requer exame histopatológico; a decisão pela intervenção cirúrgica é prévia e apoia-se na história clínica, nos sintomas de compressão do SNC e em dados obtidos pela propedêutica por imagem. O tratamento é cirúrgico, com ou sem radioterapia ou apenas radioterapia.
O glioblastoma é a neoplasia cerebral primária maligna mais frequente na idade adulta, responsável por 40% dos tumores primitivos do SNC. Manifesta-se normalmente com cefaleias holocranianas pulsáteis, náuseas e vômitos. Em casos mais graves, pode causar déficit cognitivo e motor. À RM, apresenta-se como lesão que cresce de forma infiltrativa, com limites mal definidos.
Astrocitomas são tumores que se originam dos astrócitos, células estreladas que desempenham papel de sustentação no SNC, e, portanto, pertencem ao grupo dos gliomas, à semelhança dos glioblastomas. Nas imagens de RM, o tumor apresenta-se habitualmente como lesão com efeito de massa, sem sinais de edema ou hemorragia adjacente. Além disso, apresenta-se como imagem hiperintensa em T2.
A lesão metastática no SNC origina-se, em sua maioria, dos tumores hepáticos e pulmonares. Apresenta-se por meio de lesões múltiplas, bem diferenciadas e delimitadas, e com edema circundante (vide Caso 344do Imagem da Semana). Pode ainda ser acompanhada de hemorragia intratumoral e calcificações heterogêneas.
Confira a discussão completa no Caso 378 no site do Imagem da Semana!
Referências bibliográficas:
Wiemels J, Wrensch M, Claus EB. Epidemiology and etiology of meningioma. J Neurooncol 2010; 99:307.
Morris Z, Whiteley WN, Longstreth WT Jr, et al. Incidental findings on brain magnetic resonance imaging: systematic review and meta-analysis. BMJ 2009; 339:b3016. – Umansky F, Shoshan Y, Rosenthal G, et al. Radiation-induced meningioma. Neurosurg Focus 2008; 24:E7.
Claus EB, Calvocoressi L, Bondy ML, et al. Exogenous hormone use, reproductive factors, and risk of intracranial meningioma in females. J Neurosurg 2013; 118:649. – Niedermaier T, Behrens G, Schmid D, et al. Body mass index, physical activity, and risk of adult meningioma and glioma: A meta-analysis. Neurology 2015; 85:1342.
Sahm F, Schrimpf D, Olar A, et al. TERT Promoter Mutations and Risk of Recurrence in Meningioma. J Natl Cancer Inst 2016; 108.
Nowosielski M, Galldiks N, Iglseder S, et al. Diagnostic challenges in meningioma. Neuro Oncol 2017; 19:1588.
Umansky F, Shoshan Y, Rosenthal G, et al. Radiation-induced meningioma. Neurosurg Focus 2008; 24:E7.
Braganza MZ, Kitahara CM, Berrington de González A, et al. Ionizing radiation and the risk of brain and central nervous system tumors: a systematic review. Neuro Oncol 2012; 14:1316.
Rogers L, Barani I, Chamberlain M, et al. Meningiomas: knowledge base, treatment outcomes, and uncertainties. A RANO review. J Neurosurg 2015; 122:4.
Luiz Gustavo de Faria Ferreira, acadêmico do 11º período da Faculdade de Medicina da UFMG.
Revisores:
Leandra Prates Diniz, Lara Hemerly De Mori, André Luiz Marzano de Assis, Aristeu Mascarenhas da Fonseca, Maria Cecília Landim Nassif, Prof. José Nelson Mendes Vieira e Prof. Júlio Guerra Domingues.
Orientadores:
Aluizio Augusto Arantes Junior, neurocirurgião, preceptor da Residência de Neurocirurgia do Hospital das Clínicas da UFMG e Carlos Magno da Silva, neurorradiologista do Hospital das Clínicas da UFMG.
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