As fístulas carótidas-cavernosas (FCC) surgem por comunicações anormais entre as artérias carótidas e o seio cavernoso.

Podem ser lesões de alto ou baixo fluxo:

• Alto fluxo resultam de uma conexão direta entre a artéria carótida intracavernosa e o seio cavernoso;
• Baixo fluxo representam um subtipo de fístula dural resultante da comunicação indireta entre o seio cavernoso e os ramos da artéria carótida interna ou externa dentro da dura adjacente. Estes são frequentemente referidos como fístulas durais cavernosas.

Surgem espontaneamente ou de forma secundária, por trauma, aneurisma carotídeo cavernoso, trombose venosa e condições genéticas associadas a defeitos da parede arterial. Em muitos casos, nenhuma causa pode ser identificada.

A apresentação clínica característica de pacientes com FCC de alto fluxo, resulta da arterialização das veias orbitais, onde um sopro pode ser auscultado. O início dos sintomas é geralmente abrupto e pode progredir rapidamente. Sintomas e sinais comuns na apresentação incluem:

• Visão turva;
• Dor de cabeça;
• Diplopia;
• Dor ocular e/ou orbital;
• Proptose;
• Quemose e injeção conjuntival;
• Oftalmoplegia/oftalmoparesia.

Referências bibliográficas:

• Ellis JA , Goldstein H , Connolly ES Jr , Meyers PM . Carotid-cavernous fistula. Neurosurg Focus. 2012 May;32(5):E9.