No quiz desta semana, trazemos o caso de uma paciente com 75 anos, portadora da doença de Alzheimer, que foi atendida após apresentar dor ao mastigar, o quadro evoluiu para disfagia, odinofagia e taquidispneia. O médico solicitou uma radiografia de tórax e o resultado pode ser conferido na figura a seguir. Qual é o diagnóstico? Teste seus conhecimentos em nosso quiz.
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Quiz PEBMED
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1. Pergunta
Paciente, 75 anos, portadora de demência (Alzheimer, sic), cadeirante, é atendida em Serviço de Emergência acompanhada pela filha. Paciente taquidispneica, boca entreaberta, gemidos escutados a distância, com projeção da face para frente, esticando bem o pescoço, sudoreica. Quando questionada diretamente pelo profissional de saúde, emitiu sons incompreensíveis, sendo a anamnese colhida de sua filha. Ela relatou que a mãe apresentou os sintomas após última refeição no dia anterior, e o quadro evoluiu para dispneia, ortopneia, sialorreia, disfagia, odinofagia com fácies de dor, segurando o pescoço com a mão a cada deglutição. Exame físico sem demais alterações, além da ausculta de gemidos em vias aéreas. Suspeitando do diagnóstico, o médico solicitou uma radiografia de tórax, confirmando o que imaginava.
Qual o diagnóstico na sua opinião?
Correto
Após inspeção da cavidade oral do paciente, foi observada ausência de molares inferiores, questionada se a senhora usava prótese, a filha confirmou e quando ia mostrar ao médico, não conseguiu achar a prótese, mas afirmava que ela nunca era retirada. Foi solicitada radiografia pela suspeita de deglutição acidental da própria prótese. O que foi confirmado.
Falando um pouco da teoria
O pico de incidência da deglutição de corpos estranhos ocorre na população pediátrica (entre 6 meses e 6 anos de idade). Na maioria dos casos, o corpo estranho passa livremente pelo TGI e é eliminado pelas fezes. Porém, 10-20% necessitam de remoção endoscópica e menos de 1% necessitam de abordagem cirúrgica.
Entre os adultos, é mais comum a impactação do bolo alimentar por doenças estruturais do que corpos estranhos. Estes podem ser problema para idosos demenciais, pacientes portadores de transtorno psiquiátrico ou de transtorno de uso de drogas.
Além da obstrução mecânica, pode-se desencadear perfuração das alças.Clinicamente, os pacientes apresentam fosse, anorexia, vômitos, saliva com sangue, hemorragia digestiva alta, dor abdominal, peritonite, parada de eliminação de gases e fezes. Ou, infelizmente, já apresentar o quadro com gravidade de um abdome agudo obstrutivo, peritonite ou mediastinite. Sibilos, crepitações, redução do murmurio somados com sinais de abdome agudo podem estar presentes.
Rotina de abdome agudo + EDA + TC podem ser utilizados para o diagnóstico. O risco de broncoaspiraçao, a dificuldade de captura dos objetos se inundados em meio de contraste desencorajaram o uso de exames contrastados.
O tratamento deve seguir as principais etapas que seguem:
- Estabilização clínica do paciente;
- Obstrução esofágica, objetos pontiagudos e baterias no esôfago = EDA emergência (< 6 horas);
- Objetos não pontiagudos, impactação de bolo alimentar , objetos pontiagudos no estômago ou duodeno, > 5 cm no nível, imãs = EDA urgente (< 24 horas);
- Moedas no esôfago, objetos no estômago < 2,5 cm, bateria no estômago = EDA não urgente (48/72 horas).
Diante de abdome agudo obstrutivo ou perfurativo, cursando com peritonite ou mediastinite pode ser considerada cirurgia pela impossibilidade de se garantir estabilidade clínica com tratamento conservador.
Incorreto
Após inspeção da cavidade oral do paciente, foi observada ausência de molares inferiores, questionada se a senhora usava prótese, a filha confirmou e quando ia mostrar ao médico, não conseguiu achar a prótese, mas afirmava que ela nunca era retirada. Foi solicitada radiografia pela suspeita de deglutição acidental da própria prótese. O que foi confirmado.
Falando um pouco da teoria
O pico de incidência da deglutição de corpos estranhos ocorre na população pediátrica (entre 6 meses e 6 anos de idade). Na maioria dos casos, o corpo estranho passa livremente pelo TGI e é eliminado pelas fezes. Porém, 10-20% necessitam de remoção endoscópica e menos de 1% necessitam de abordagem cirúrgica.
Entre os adultos, é mais comum a impactação do bolo alimentar por doenças estruturais do que corpos estranhos. Estes podem ser problema para idosos demenciais, pacientes portadores de transtorno psiquiátrico ou de transtorno de uso de drogas.
Além da obstrução mecânica, pode-se desencadear perfuração das alças.Clinicamente, os pacientes apresentam fosse, anorexia, vômitos, saliva com sangue, hemorragia digestiva alta, dor abdominal, peritonite, parada de eliminação de gases e fezes. Ou, infelizmente, já apresentar o quadro com gravidade de um abdome agudo obstrutivo, peritonite ou mediastinite. Sibilos, crepitações, redução do murmurio somados com sinais de abdome agudo podem estar presentes.
Rotina de abdome agudo + EDA + TC podem ser utilizados para o diagnóstico. O risco de broncoaspiraçao, a dificuldade de captura dos objetos se inundados em meio de contraste desencorajaram o uso de exames contrastados.
O tratamento deve seguir as principais etapas que seguem:
- Estabilização clínica do paciente;
- Obstrução esofágica, objetos pontiagudos e baterias no esôfago = EDA emergência (< 6 horas);
- Objetos não pontiagudos, impactação de bolo alimentar , objetos pontiagudos no estômago ou duodeno, > 5 cm no nível, imãs = EDA urgente (< 24 horas);
- Moedas no esôfago, objetos no estômago < 2,5 cm, bateria no estômago = EDA não urgente (48/72 horas).
Diante de abdome agudo obstrutivo ou perfurativo, cursando com peritonite ou mediastinite pode ser considerada cirurgia pela impossibilidade de se garantir estabilidade clínica com tratamento conservador.
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