Transferência embrionária: como ocorre [podcast]

Confira neste episódio, com a ginecologista e obstetra Camilla Luna, os tipos de preparo endometrial para a transferência embrionária.

Este conteúdo foi desenvolvido por médicos, com objetivo de orientar médicos, estudantes de medicina e profissionais de saúde em seu dia a dia profissional. Ele não deve ser utilizado por pessoas que não estejam nestes grupos citados, bem como suas condutas servem como orientações para tomadas de decisão por escolha médica.

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A transferência embrionária (TE) é uma das etapas mais importantes no tratamento de reprodução assistida  de alta complexidade, podendo ser realizada com embrião a fresco (embrião gerado no mesmo ciclo no qual a punção ovariana foi realizada) ou embrião previamente congelado. Essa etapa consiste na colocação do embrião no útero materno.

Neste episódio, a ginecologista e obstetra, Camilla Luna, explica como é feita e também sobre os diferentes tipos de preparo endometrial.

Preparo Endometrial

Existem algumas maneiras de realizar o preparo endometrial,mas as duas formas mais utilizadas são:

  • TE com preparo endometrial artificial: Usado para transferência de embriões congelados, em que é indicado o uso de Estradiol 6-8 mg/dia, até a espessura do endométrio ≥ 7 mm (preferencialmente com padrão trilaminar) para em seguida iniciar o uso da Progesterona (ex.: Progesterona micronizada 800 mg/dia, via vaginal) por um período que será de acordo ao do estágio do embrião, clivagem (D3) ou blastocisto (D5);
  • TE em ciclo natural modificado: É realizado o acompanhamento do ciclo menstrual e observado o recrutamento folicular e crescimento do folículo dominante. Quando há ≥ 17 mm até a espessura do endométrio ≥ 7 mm (preferencialmente com padrão trilaminar) é realizado o trigger com hCG para maturação folicular final. Após 36 horas, quando confirmada ovulação, iniciar Progesterona (ex.: Progesterona micronizada 400-800 mg/dia, via vaginal). Entretanto, não há um consenso quanto à necessidade do uso devido à presença do corpo lúteo. O período de uso até a transferência será de acordo com o estágio do embrião, clivagem (D3) ou blastocisto (D5).

Quantidade de embriões a serem transferidos

De acordo com a resolução do Conselho Federal de Medicina (CRM) no 2.294 de junho de 2021, o número máximo de embriões a serem transferidos é:

  • Mulheres com até 37 anos: Até dois embriões;
  • Mulheres com mais de 37 anos: Até três embriões;
  • Em caso de embriões euploides (geneticamente normais) ao diagnóstico, só é permitido transferir no máximo dois embriões – independentemente da idade da mulher;
  • Em casos de ovodoação, considera-se a idade da doadora no momento da coleta para definir o número de embriões possíveis a serem transferidos.

De acordo com a resolução do Conselho Federal de Medicina (CRM) nº 2.320 de setembro de 2022:

  • Não é permitida a escolha do sexo do embrião a ser transferido; nos casos onde foi realizado a análise genética, todavia, o laudo dos estudo volta a constar o sexo do embrião – diferentemente do que havia sido mudado na resolução do Conselho Federal de Medicina (CRM) nº 2.294 de junho de 2021.

Saiba mais sobre esta condição ouvindo episódio completo do podcast do Whitebook. Ouça abaixo!

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