Você sabe manejar infertilidade em mulheres com ovário policístico?

Uma análise resumiu as recomendações mais recentes sobre manejo da infertilidade anovulatória em mulheres com síndrome do ovário policístico.

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Uma análise publicada no Oxford Academic resumiu as recomendações mais recentes na orientação global de médicos no manejo da infertilidade anovulatória em mulheres com síndrome do ovário policístico. Trazemos para você os principais pontos dessa revisão.

Segundo os dados analisados, aproximadamente 80% das mulheres que sofrem de infertilidade anovulatória têm síndrome do ovário policístico. As recomendações para o manejo incluem mudanças no estilo de vida, cirurgia bariátrica, farmacoterapia (citrato de clomifeno, inibidores de aromatase, metformina e gonadotrofinas) e cirurgia laparoscópica.

consulta medica com paciente

Recomendações

– Intervenções no estilo de vida são recomendadas para pacientes obesas, antes de qualquer outra ação. A cirurgia bariátrica pode ser considerada quando o índice de massa corporal (IMC) é ≥ 35 kg/m² e as mudanças no estilo de vida falharam.

– A indução farmacológica cuidadosa e monitorada da ovulação pode conseguir boas taxas cumulativas de gravidez.

– Citrato de clomifeno é a terapia de primeira linha para indução da ovulação. Letrozol também pode ser usado como terapia de primeira linha. A metformina por si só tem benefícios limitados na melhoria das taxas de natalidade. As gonadotrofinas e a cirurgia laparoscópica podem ser utilizadas como tratamento de segunda linha.

– Não há evidência clara para a eficácia de acupuntura ou misturas de ervas em mulheres com síndrome do ovário policístico.

– Para pacientes que não apresentam resultados positivos com mudanças no estilo de vida e na terapia de indução da ovulação, ou têm fatores adicionais de infertilidade, a fertilização in vitro (FIV) pode ser utilizada junto com um antagonista do hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH). Nesses casos, a metformina como adjuvante pode reduzir o risco de síndrome de hiperestimulação ovariana.

– Pacientes devem ser informadas dos potenciais efeitos colaterais dos agentes de indução da ovulação e da FIV no feto, além dos riscos de gravidez múltipla. O aumento dos riscos para a mãe durante a gravidez e para a criança também deve ser discutido.

Veja também: ‘5 dicas para falar sobre fertilidade com seus pacientes’

Referências:

  • Adam H. Balen, Lara C. Morley, Marie Misso, Stephen Franks, Richard S. Legro, Chandrika N. Wijeyaratne, Elisabet Stener-Victorin, Bart C.J.M. Fauser, Robert J. Norman, Helena Teede; The management of anovulatory infertility in women with polycystic ovary syndrome: an analysis of the evidence to support the development of global WHO guidance. Hum Reprod Update 2016; 22 (6): 687-708. doi: 10.1093/humupd/dmw025

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