Essa semana publicamos uma matéria sobre anafilaxia e outras reações após vacina de mRNA da Moderna contra a Covid-19. Por isso, em nossa publicação semanal de conteúdos compartilhados do Whitebook Clinical Decision vamos fazer a apresentação da anafilaxia.
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Anafilaxia – Apresentação
Anamnese
Epidemiologia: Não existem dados a respeito da verdadeira incidência de anafilaxia no Brasil.
Quadro clínico: Apresenta-se com manifestações isoladas ou em combinação com diversos sistemas, normalmente iniciando-se 15 minutos após a exposição.
Sintomas podem incluir:
- Pele: eritema, prurido, urticária e angioedema;
- Gastrointestinal: náuseas, vômitos, diarreia e dor abdominal;
- Cardiovascular: síncope, tontura, taquicardia, hipotensão e choque;
- Vias aéreas: estridor, disfonia, rouquidão ou dificuldade de falar, dispneia, tosse, rinorreia, espirros, edema de glote e broncoespasmo;
- Outros: convulsões e morte súbita.
Fases
- A fase efetiva da resposta imune ocorre em três padrões ou reações:
- Aguda: inicia-se minutos após a exposição decorrente, principalmente de mediadores pré-formados;
- Tardia: inicia-se horas após a diminuição ou o desaparecimento das manifestações da fase aguda, mesmo sem reexposição;
- Crônica: acomete os órgãos ou tecidos expostos de maneira prolongada e repetida ao antígeno, desencadeando mudanças estruturais e funcionais.
- As reações anafilactoides (pseudoalérgicas) são indistinguíveis da anafilaxia. Entretanto, nessas não existe o componente mediado por IgE. Os mecanismos descritos são:
- Ativação do sistema complemento e exposição de anafilotoxinas induzidas por imunoglobulinas (ex.: reação a hemoderivados com IgA em pacientes com IgG anti-IgA);
- Ativação direta do sistema complemento e dos mastócitos;
- Ação de anafilotoxina pré-formadas exógenas (ex.: hemoderivados).