Na publicação desta semana do Whitebook Clinical Decision, falaremos do picolinato de cromo. O cromo é um mineral essencial, porém apresenta baixa biodisponibilidade oral. Uma forma orgânica e completamente biodisponível desse mineral se apresenta na forma de picolinato. Este apresenta uma atividade de em média 120 mg de cromo em cada grama de picolinato.
Além disso, o cromo ativa várias enzimas envolvidas no metabolismo da glicose e síntese de proteínas, principalmente a insulina. O cromo participa ativamente da biossíntese da insulina como também do seu aproveitamento pelas células durante o transporte da glicose.
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O cromo atua potencializando a ação da insulina e sendo fundamental para a manutenção da função desse hormônio. O mecanismo pelo qual isso se processa ainda não está totalmente esclarecido, mas é sabido que ele pode aumentar a fluidez da membrana celular, facilitar a ligação da insulina com seu receptor e a internalização da mesma.
No metabolismo lipídico, parece que este mineral atua aumentando as lipoproteínas de alta densidade (HDL) e reduzindo o colesterol total e as lipoproteínas de baixa densidade (LDL, VLDL) em indivíduos com valores inicialmente elevados.
Os resultados no tratamento da obesidade utilizando o picolinato de cromo são bem satisfatórios. O mecanismo de ação se dá pelo aumento da sensibilidade das células à insulina. Isso promove a regulação dos níveis glicêmicos, resultando no aumento da termogênese e da massa muscular. Estudos demonstraram que a suplementação de picolinato de cromo em atletas, por 30 dias, numa dosagem de 200 microgramas 2 vezes/dia, acelerou a redução da gordura corporal em 12,2%.
Em associação com Vitamina B3: importante para uma boa resposta aos suplementos de cromo. No diabetes, a associação de cromo, manganês e zinco ajuda no controle dos níveis glicêmicos.
Indicação
- Tratamento da deficiência de cromo;
- Auxiliar no tratamento de distúrbios do colesterol e triglicéride;
- Diabetes melitus e diabetes não insulinodependente;
- Obesidade.