Whitebook: quais as melhores técnicas para amamentação?

Em nossa publicação semanal de conteúdos compartilhados do Whitebook, vamos falar sobre as principais técnicas de amamentação. 

Esta semana, estamos comemorando a Semana Mundial do Aleitamento Materno, por isso falamos no Portal PEBMED sobre segurança da amamentação após anestesia. Hoje, em nossa publicação semanal de conteúdos compartilhados do Whitebook Clinical Decision, vamos falar sobre as principais técnicas de amamentação.

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Este conteúdo deve ser utilizado com cautela, e serve como base de consulta. Este conteúdo é parte de uma conduta do Whitebook e é destinado a profissionais de saúde. Pessoas que não estejam neste grupo não devem utilizar este conteúdo.

mulher realizando amamentação em bebê

Como a criança mama

Alguns reflexos presentes ao nascimento permitem que o RN seja capaz de sugar o seio materno logo nos primeiros minutos de vida.

Reflexo de busca: Ao ser estimulado na face, nos lábios ou na região perioral, o RN vira o rosto para abocanhar o mamilo do lado estimulado.

Reflexo de sucção: Permite que o bebê sugue o mamilo abocanhado com vigor.

Fatores que prejudicam a amamentação:

  1. Relacionados ao RN: Alterações genéticas, prematuridade extrema, malformações orofaciais, distúrbios neurológicos, candidíase oral, entre outros.
  2. Relacionados à mãe: Mamilos planos ou invertidos, dor, ingurgitamento mamário, candidíase mamária, mastite, abscesso mamário, entre outros.

Hormônios maternos responsáveis pela lactação:

  1. Prolactina: Hormônio produzido na hipófise anterior por estímulo estrogênico e da sucção do complexo mamilo-areolar; responsável pela produção do leite.
  2. Ocitocina: Responsável pela ejeção do leite; produção estimulada pela sucção eficiente e repetida do complexo mamilo-areolar e por estímulos condicionados (ex.: odores, visão, choro da criança) e emocionais.

Além dos reflexos e da integridade do RN, a mãe precisa estar confortável e confiante durante a amamentação, para que esse processo ocorra da melhor forma possível. Fatores como dor, estresse, insegurança e medo alteram a produção hormonal da prolactina e da ocitocina, podendo prejudicar a amamentação.

Técnica de amamentação:

    A mãe deverá estar em posição confortável (sentada, recostada ou deitada) de forma que permita que o bebê abocanhe corretamente o mamilo e a aréola. A nutriz deverá posicionar a mão embaixo da mama com o polegar voltado para cima do mamilo e o indicador na sua parte debaixo formando a letra “C”. As duas mamas devem ser oferecidas; na sequência das mamadas, sempre reiniciar pela última mama que foi dada à criança, a fim de esgotar o leite posterior altamente calórico.

A técnica de amamentação é composta pela pega e a posição:

  • Pega adequada:
    1. Queixo do RN deve tocar a mama.
    2. Boca bem aberta.
    3. Lábio inferior evertido.
    4. Aréola mais visível acima da boca do RN.
  • Posição adequada:
    1. O corpo do RN deve estar próximo ao da mãe.
    2. RN bem apoiado.
    3. Tronco e cabeça do RN alinhados.
    4. Rosto do RN na altura do mamilo, de frente para a mama.

Dificuldades na Amamentação

A maioria das dificuldades são transitórias ou de fácil resolução, como:

  • Obstrução nasal;
  • Monolí­ase oral ou mamária;
  • Erro na pega;
  • Confusão com outros bicos (ex.: chupetas e mamadeiras);
  • Sonolência;
  • Estresse materno ou do lactente;
  • Erupção dentária;
  • Ingurgitamento mamário;
  • Mastite;
  • Abscesso mamário;
  • Outros.

Dicas:

  • Estimular técnica correta da amamentação sempre que possível;
  • É essencial que o pediatra analise a amamentação nas consultas de rotina e corrija a técnica, caso necessário;
  • Caso haja excesso de leite armazenado na mama após a amamentação, pode ser necessário realizar a ordenha para evitar complicações (ex.: ingurgitamento mamário);
  • O leite ordenhado (de preferência manualmente) pode ser conservado na geladeira por 12 horas, ou no freezer por 15 dias (excesso de leite, retorno ao trabalho);
  • Sempre atentar-se para higienização das mãos durante a amamentação;
  • A amamentação deve ser feita preferencialmente sob livre demanda;
  • Fórmulas infantis devem ser prescritas pelo pediatra apenas em casos selecionados (ex.: contraindicação, ganho insuficiente de peso apesar de técnica adequada), de preferência evitando-se o uso de mamadeiras (oferecer no copo ou colher).
Este conteúdo foi desenvolvido por médicos, com objetivo de orientar médicos, estudantes de medicina e profissionais de saúde em seu dia a dia profissional. Ele não deve ser utilizado por pessoas que não estejam nestes grupos citados, bem como suas condutas servem como orientações para tomadas de decisão por escolha médica. Para saber mais, recomendamos a leitura dos termos de uso dos nossos produtos.

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