Whitebook: saiba como identificar e tratar a queloide

Em nossa publicação semanal de conteúdos compartilhados do Whitebook, separamos os critérios sobre diagnóstico e apresentação clínica da queloide.

Essa semana no Portal da PEBMED falamos as atualizações diagnósticas e terapêuticas da queloide. Por isso, em nossa publicação semanal de conteúdos compartilhados do Whitebook Clinical Decision, separamos os critérios sobre diagnóstico e apresentação clínica da queloide.

Veja as melhores condutas médicas no Whitebook Clinical Decision!

Este conteúdo deve ser utilizado com cautela, e serve como base de consulta. Este conteúdo é destinado a profissionais de saúde. Pessoas que não estejam neste grupo não devem utilizar este conteúdo.

Definição: Cicatrização hipertrófica que se estende aos limites da ferida primária.

Fisiopatologia: Predisposição pessoal que leva a desorganização no processo de cicatrização, gerando produção
de fibras colágenas grandes, espessas e intimamente agrupadas na derme.

Quadro clí­nico: Lesões elevadas, que ultrapassam os limites da ferida prévia, normocrômicas podendovariar a tonalidade a eritematovioláceas. Assintomáticas, mas alguma podem ser dolorosas. Preferencialmente
no lobo das orelhas e feridas em áreas de tensão.

O diagnóstico é clí­nico, baseado na apresentação clí­nica e história de trauma/cirurgia previamente no local. A análise histopatológica da lesão evidencia fibras colágenas grandes, espessas e intimamente agrupadas em grandeextensão na derme.

  • Cicatriz hipertrófica (esta respeita os limites da ferida prévia);
  • Lobomicose.

O tratamento dos queloides pode ser um desafio, e a recorrência é o maior complicador. Existem várias opções terapêuticas, e a combinação de algumas delas têm se mostrado a melhor estratégia.
Terapia intralesional
  • Triancinolona (20 mg/mL): diluir em lidocaí­na 2% a uma concentração final de 10 a 40 mg/mL, e injetar intralesionalmente no ní­vel da derme papilar. Sessões podem ser realizadas a cada 2 a 4 semanas;
  • 5-fluoracil (50 mg/mL): mistura de 0,1 ml de triancinolona a 10 mg/mL com 0,9 mL de 5-fluoruracil a 50 mg/mL.
    Inicia-se com 3 aplicações por semana;
  • Bleomicina (0,01%): injetar intralesionalmente a cada 3 ou 4 semanas. Seu maior limitante é o acesso a medicação,
    que é um quimioterápico e poucas farmácias de manipulação trabalham com esta substância.

Crioterapia com nitrogênio lí­quido:

  • Congelar localmente a lesão pode provocar involução após algumas sessões;
  • Indica-se períodos de
    < 25 segundos de congelamento para evitar hipocromia residual;
  • Com ponteira específica pode ser realizada a crioterapia intralesional;
  • Pode ser associada à infiltração de triancinolona no mesmo tempo terapêutico.

Terapia tópica, opções:

  • Clobetasol (0,05% creme): aplicar e massagear a lesão 2 vezes ao dia, por perí­odos variáveis de 2 a 4 semanas;
  • Placa de silicone gel: são placas que aderem a cicatriz, exercem a ação do silicone e, também, a compressão
    da lesão, o que se mostrou ser benéfica. Utilizar a placa de silicone gel na ferida a noite, ou por 12
    horas seguidas, diariamente.

Outros:

  • Tratamento cirúrgico;
  • Terapia a laser;
  • Radioterapia localizada.
Este conteúdo foi desenvolvido por médicos, com objetivo de orientar médicos, estudantes de medicina e profissionais de saúde em seu dia-a-dia profissional. Ele não deve ser utilizado por pessoas que não estejam nestes grupos citados, bem como suas condutas servem como orientações para tomadas de decisão por escolha médica. Para saber mais, recomendamos a leitura dos termos de uso dos nossos produtos.

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