O mês de setembro foi escolhido como o mês em que a campanha pela doação de órgãos é ainda mais intensificada no Brasil. E o dia 27 foi o escolhido como a data nacional para divulgar todas as ações!
A data, instituída pela Lei nº 11.584/2.007, visa conscientizar a sociedade sobre a importância da doação e, ao mesmo tempo, fazer com que as pessoas conversem com seus familiares e amigos sobre o assunto.
O objetivo desse grande trabalho de conscientização é um só: ajudar milhares de pessoas que aguardam na fila de transplante. No Brasil, cerca de 34 mil pessoas estão esperando por um órgão.
Doação de órgãos
Apesar da ampliação da discussão do tema nos últimos anos, ainda existe um tabu sobre o assunto. Muitas pessoas descrevem como sendo um assunto polêmico e de difícil entendimento, resultando em um alto índice de recusa familiar.
Um estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) identificou três motivos principais para essa alta taxa de recusa, que não ocorre só no Brasil: incompreensão da morte encefálica, falta de preparo da equipe para fazer a comunicação sobre a morte e religião.
Entendendo melhor sobre transplantes
O transplante é um procedimento cirúrgico que consiste na reposição de um órgão (coração, pulmão, rim, pâncreas, fígado) ou tecido (medula óssea, ossos, córneas) de uma pessoa doente (receptor), por outro órgão ou tecido normal de um doador vivo ou morto.
No Brasil, de acordo com a legislação vigente, para ser doador de órgãos é preciso conversar com sua família e manifestar o seu desejo em doar órgãos. Isso porque, de acordo com o Ministério da Saúde, a doação só pode ser realizada depois que a família do doador autoriza o procedimento.
Ou seja, quem possui a decisão final e detém a responsabilidade é a família do doador, deixando de ter valor a informação de “doador ou não doador de órgãos” registrado no documento de identidade.
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Quem pode ser um potencial doador?
Quando ocorre a morte cerebral, mas ainda há atividade cardíaca, os órgãos podem ser doados, respeitando um limite de tempo pós-morte para cada um deles.
Após efetivada a doação, a Central de Transplantes do Estado é comunicada e através do seu registro de lista de espera seleciona seus receptores mais compatíveis.
Pessoas vivas também podem ser doadoras, desde que sejam órgãos duplos e que possibilite que o doador tenha uma vida com saúde normal após o transplante. Um dos rins ou pulmões, parte do fígado, do pâncreas e da medula óssea são exemplos de órgãos que podem ser doados ainda em vida.
Para mais informações, acesse o site da Associação Brasileira de transplantes de órgãos.
Referências bibliográficas: