A falha das próteses totais em joelho devido a afrouxamento asséptico tibial ocorre primeiro na região óssea ou na fixação do implante?

Nas próteses totais de joelho, uma causa de falha a longo prazo é o afrouxamento asséptico, o qual ocorre na tíbia em maior frequência.

Nas próteses totais de joelho, uma causa frequente de falha a longo prazo é o afrouxamento asséptico, o qual ocorre na tíbia em maior frequência. Nestes casos não se sabe se a fixação do implante ou se o colapso do osso na área de apoio medial da tíbia ocorre primeiro.

O colapso em varo é definido como uma mudança na posição do componente tibial superior a 10 graus. Os pacientes em risco para este mecanismo de falha incluem obesos, casos de deformidade severas em varo no pré-operatório e implantes de tamanhos menores.

A determinação do mecanismo principal de falha pode servir para reforçar ou não recomendações como uso de fixação suplementar com haste em pacientes de alto risco.

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Um recente estudo realizou uma análise retrospectiva de 88 pacientes que foram revisados devido a soltura tibial asséptica com colapso em varo. A análise foi realizada através da avaliação de radiografias determinando o que falhou primeiro: a fixação do implante (interface cimento-implante ou interface cimento-osso) ou a falha óssea na região proximal medial da tíbia.

A falha das próteses totais em joelho devido a afrouxamento asséptico tibial ocorre primeiro na região óssea ou na fixação do implante

Metodologia

Dos 88 pacientes selecionados inicialmente, 36 (40,9%) apresentaram radiografias antecedendo o colapso permitindo a avaliação. A análise radiográfica foi realizada por 2 cirurgiões treinados focando na determinação da perda óssea tibial medial proximal, afrouxamento do implante, alinhamento, bem como a sequência destes achados.

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O avaliador 1 identificou que 23 dos 36 (63,9%) pacientes apresentaram falha da interface implante-cimento antes da perda óssea tibial e do colapso em varo. O avaliador 2 identificou que 22 dos 36 (61,1%) pacientes apresentaram falha da interface implante-cimento antes da perda óssea tibial levando ao colapso em varo. Os dois avaliadores identificaram que o tempo médio entre a soltura do implante e colapso em varo foi de 18,8 meses.

Conclusão

O estudo concluiu que o mecanismo de falha mais frequente identificado foi a falha da interface implante-cimento. Este achado sugere que melhorar a fixação do implante pode diminuir a incidência desse mecanismo único de falha, especialmente nos pacientes com risco aumentado desta complicação.

Referências bibliográficas:

  • Cox ZC, Green CC, Otero JE, Mason JB, Martin JR. Varus Collapse in Total Knee Arthroplasty: Does Fixation or Bone Fail First? J Arthroplasty. 2022 Jan;37(1):162-167. doi: 10.1016/j.arth.2021.09.012.

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