Anvisa aprova novo medicamento para doença pulmonar obstrutiva crônica

A Anvisa aprovou o uso do medicamento Trelegy®, da farmacêutica GSK, indicado para o tratamento de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso do medicamento Trelegy®, da farmacêutica GSK, indicado para o tratamento de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). O início da comercialização no Brasil está previsto para os próximos meses.

Autoridades de saúde estimam que cerca de sete milhões de brasileiros vivam com a doença, cujo tratamento atual consiste na administração de medicação múltipla. Esse novo remédio oferece a combinação de três moléculas (furoato de fluticasona, umeclidínio, vilanterol) em um único inalador, administrado apenas uma vez ao dia.

“Percebemos que pessoas que vivem com DPOC precisam de um tratamento personalizado, que possa se encaixar no seu dia a dia. O nosso medicamento é inovador porque associa três medicamentos em um único dispositivo, que são administrados apenas uma vez ao dia. Assim, tornando a rotina do paciente mais fácil e confortável”, afirma a diretora médica da GSK, Evelyn Lazaridis, em uma nota para a imprensa.

médica atendendo paciente com doença pulmonar obstrutiva crônica

DPOC: eficácia do novo medicamento

Como forma de comprovar a eficácia do produto, a empresa farmacêutica responsável realizou o IMPACT, um dos maiores estudos em DPOC e que contou com a participação de mais de dez mil pacientes de diferentes nacionalidades.

A pesquisa revelou que a ação de Trelegy® reflete diretamente na redução da taxa anual de episódios de agravamento do quadro de sintomas do paciente, a diminuição em 34% na taxa de hospitalizações e a redução de 42,1% no risco de mortalidade por todas as causas em tratamento em comparação com o Anoro® Ellipta®, medicamento da mesma empresa farmacêutica.

A GSK realizou também o estudo FULFIL, que teve como foco comparar a eficácia de uma terapia tripla através de um inalador único com outro tratamento, que consiste na combinação de duas moléculas em um dispositivo utilizado duas vezes por dia.

Como resultado, a pesquisa atestou a melhora na função pulmonar e na qualidade de vida dos pacientes. Ao todo, participaram do estudo 1.810 pessoas.

“Nos últimos quatro anos, lançamos quatro medicamentos inovadores, melhorando a qualidade de vida de milhares de pessoas que vivem com doenças respiratórias no país”, afirma o presidente da GSK no Brasil, José Carlos Felner.

Mais sobre a doença pulmonar obstrutiva crônica

A DPOC é caracterizada por obstrução do fluxo de ar nos pulmões e costuma ser provocada por fumaça do cigarro ou de outros compostos nocivos. A doença não tem cura, mas pode ser prevenida e tratada. A condição pode ser confundida com asma.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), atualmente 64 milhões de pessoas vivem com a doença no mundo, enquanto três milhões já foram a óbito por conta da condição.

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A entidade também prevê que, até 2030, DPOC será a terceira principal causa de morte a nível mundial. No Brasil, 61% das pessoas afetadas relatam visitas frequentes à emergência por exacerbação, que consiste em um episódio de piora dos sintomas no paciente com DPOC, sendo um fator que aumenta o risco de mortalidade. Além disso, 25% dos pacientes necessitaram de hospitalização pelo mesmo motivo.

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

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