Anvisa suspende importação e uso da proxalutamida em pesquisas clínicas

A Anvisa anunciou a suspensão, de forma cautelar, da autorização de importação e o uso em estudos da substância proxalutamida no Brasil. Saiba mais.

Nesta quinta-feira (2), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou a suspensão, de forma cautelar, da autorização de importação e o uso em estudos da substância proxalutamida no Brasil. 

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proxalutamida

A decisão

Segundo a Anvisa, essa medida teve como motivação a publicação de notícias sobre pesquisas sobre a atuação da proxalutamida em seres humanos. Além disso, houve a abertura de um inquérito civil público pelo Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul. O processo tem o objetivo de apurar a suspeita de uso irregular do medicamento proxalutamida em testes para o tratamento da Covid-19 no Hospital da Brigada Militar, em Porto Alegre. 

Ações da Anvisa

A agência também anunciou uma série de ações para coibir o uso irregular da proxalutamida e investigar as ocorrências. Dentre as medidas, estão: 

  • Um dossiê para mais informações sobre os produtos com a substância proxalutamida importados com o objetivo de instaurar medidas sanitárias e evitar riscos aos usuários dos produtos.
  • Convocação dos envolvidos nas pesquisas científicas da proxalutamida sem autorização da Anvisa para ajudarem na investigação e elucidação dos fatos.
  • Abertura de um processo administrativo para apurar possíveis infrações sanitárias do importador nos documentos apresentados. Há suspeita de que a agência tenha sido induzida a autorizar a importação para o uso da proxalutamida em humanos.

De acordo com a agência, ainda serão solicitados dados de todas as pesquisas aprovadas com o uso da substância proxalutamida no Brasil à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP), além da lista de instituições com autorização para fazer tais estudos.

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Proxalutamida para Covid-19

O órgão regulador ainda diz que as medidas antes destacadas contra a importação da proxalutamida não afetam estudos aprovados por eles. 

Em julho, a Anvisa havia autorizado o estudo de fase 3, randomizado, duplo-cego e controlado por placebo. O objetivo era mensurar a eficácia da substância no tratamento contra Covid-19. 

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

Referências bibliográficas: 

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