Atualizado protocolo para prevenção de transmissão vertical de ISTs

Gestantes no SUS poderão contar a ampliação de medidas de prevenção da transmissão vertical de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

Gestantes usuárias do SUS poderão contar a ampliação de medidas de prevenção de HIV, sífilis e hepatites virais com a atualização do Protocolo Clínico e de Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para prevenção da transmissão vertical de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

O protocolo foi atualizado após recomendação da favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) e contempla duas novas tecnologias: mudanças sobre o esquema terapêutico preferencial de terapia antirretroviral para gestantes com HIV; e a inclusão da testagem universal para rastreio da hepatite C durante o pré-natal.

O documento orienta o manejo para gestantes e parceiros sexuais sobre possíveis IST que podem ser transmitidas da mãe para o filho durante a gestação.

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Os protocolos clínicos estabelecem ainda novos critérios para o diagnóstico de uma enfermidade ou agravo à saúde; o tratamento preconizado, com os medicamentos e demais produtos apropriados; as posologias recomendadas; os mecanismos de controle clínico; e o acompanhamento e a verificação dos resultados terapêuticos a serem seguidos pelos gestores do SUS.

Atualizado protocolo para prevenção de transmissão vertical de ISTs

Ampliação da testagem de hepatite C

A ampliação da testagem de hepatite C em gestantes era recomendada somente para mulheres com fatores de risco como: infecção pelo HIV, histórico de uso de drogas ilícitas, antecedentes de transfusão ou transplante antes de 1993, mulheres submetidas à hemodiálise ou com elevação de enzimas específicas no sangue sem outra causa clínica evidente, além de profissionais de saúde com histórico de acidente com material biológico.

A ampliação da testagem para o primeiro trimestre de gravidez busca intensificar ações para oferta de tratamento e prevenção da transmissão vertical da doença.

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Evidências mostram que mulheres grávidas diagnosticadas com a enfermidade estão sob maior risco de piores desfechos maternos e neonatais, como diabetes gestacional, pré-eclâmpsia, hemorragia e parto prematuro.

Medicamento antirretroviral

O dolutegravir é um medicamento antirretroviral, que bloqueia a multiplicação do vírus HIV, diminuindo assim significativamente a quantidade do vírus no sangue. Outro ponto positivo é que a terapia reduz o risco de transmissão da enfermidade.

Segundo o Ministério da Saúde, o medicamento não era indicado para gestantes porque alguns estudos sugeriam que seu uso no início da gravidez poderia estar relacionado à formação de defeitos no tubo neural, causando problemas congênitos no cérebro e na coluna dos bebês. Por isso, a indicação para o tratamento de mulheres grávidas ou que pretendiam engravidar era o raltegravir.

A Conitec analisou evidências científicas mais recentes e verificou que, em novos estudos, o risco associado ao uso do remédio é menor que o apresentado inicialmente. O relatório sobre a recomendação inicial da Comissão aponta, inclusive, ser essa a opção terapêutica indicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Para colaborar com as alterações no tratamento ofertado para gestantes que vivem com HIV, o SUS agora oferece o dolutegravir para gestantes, que já é incluso no sistema público para o tratamento de indivíduos vivendo com HIV.

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

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