O estado do Rio de Janeiro apresentou aumento no número de casos de dengue na última semana epidemiológica avaliada. Em 2023, o estado já tem registro de 30.000 casos a mais do que no mesmo período de 2022.
Segundo o InfoDengue, sistema de alerta para arboviroses desenvolvido por pesquisadores do Programa de Computação Científica (Fundação Oswaldo Cruz, RJ) e da Escola de Matemática Aplicada (Fundação Getúlio Vargas), a capital do estado é um dos locais mais afetados pelo aumento do número de casos, são mais de 18.000 casos, uma taxa de 267 casos por 100.000 habitantes
Saiba mais: Utilidade do teste rápido dengue duo no diagnóstico precoce de dengue
Prevenção
A Secretaria de Saúde do Estado anunciou algumas medidas para conter a proliferação do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão do vírus, como capacitação de profissionais no tratamento de pacientes infectados e ações de educação para o combate ao vetor.
De acordo com o secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, “Se a gente teve esse aumento de casos no inverno, um período em que o mosquito não cresce com facilidade, o verão tende a ter aumento ainda maior. E o principal foco está na casa das pessoas que ficam doentes. De cada três pessoas com dengue, duas têm focos de mosquito em casa ou perto dela.”
Leia também: Febre maculosa e dengue: como diferenciar? [podcast]
Sorotipo 3
Em 2023, o sorotipo 3 que não era registrado em uma epidemia no país há 15 anos foi detectado em casos nos estados de Roraima e Paraná. Há uma preocupação de que esse sorotipo possa causar uma epidemia uma vez que não haveria imunidade adquirida por infecção prévia na população. Contudo, a Secretária de Saúde do Rio de Janeiro informou que não foram registrados casos de dengue causados por este sorotipo do vírus.