Como abordar um paciente com artrite? Leia o update 2017 da EULAR

A European League Against Rheumatism (EULAR) atualizou suas diretrizes para manejo do paciente com artrite. Separamos para você as 10 recomendações feitas pela liga européia.

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A European League Against Rheumatism (EULAR) atualizou suas diretrizes para manejo do paciente com artrite. Separamos para você as 10 recomendações feitas pela liga européia.

1. Pacientes com artrite (qualquer inchaço nas articulações associado a dor ou rigidez) devem ser encaminhados e acompanhados por um reumatologista, dentro de 6 semanas após o início dos sintomas.
2. O exame clínico é o método de escolha para a detecção da artrite, que pode ser confirmada por ultrassonografia.
3. Se um diagnóstico definitivo não puder ser alcançado e o paciente tem artrite indiferenciada precoce, fatores de risco para doença persistente e/ou erosiva, incluindo o número de articulações inchadas, reagentes de fase aguda, fator reumatoide, anticorpos antipeptídeo citrulinado (anti-CCP) e achados de imagem, devem ser considerados no manejo do paciente.
4. Pacientes com risco de artrite persistente devem receber DMARDS o mais cedo possível (idealmente dentro de 3 meses), mesmo que não atinjam os critérios de classificação para uma doença inflamatória reumatológica.
5. Entre os DMARDS, o metotrexato é considerado o medicamento de primeira linha e, a menos que contraindicado, deve ser parte da estratégia de tratamento em pacientes com risco de doença persistente.

Veja também: ‘Você sabe diagnosticar a artrite reumatoide?’

6. Os AINE são terapias sintomáticas eficazes, mas devem ser utilizados na dose efetiva mínima pelo menor tempo possível, após avaliação dos riscos gastrointestinais, renais e cardiovasculares.
7. Os glicocorticoides sistêmicos reduzem a dor, o inchaço e a progressão estrutural, mas, em vista dos seus efeitos colaterais cumulativos, devem ser utilizados na dose mais baixa necessária como tratamento adjunto temporário (<6 meses). As injeções de glicocorticoides intra-articulares devem ser consideradas para o alívio de sintomas locais de inflamação.
8. O principal objetivo do tratamento com DMARDS é conseguir uma remissão clínica, e o monitoramento regular da atividade da doença, eventos adversos e comorbidades devem orientar as decisões sobre escolha e mudanças nas estratégias de tratamento para atingir esse objetivo.
9. O monitoramento da evolução da doença deve incluir a contagem do número de articulações dolorosas e edemaciadas, velocidade de hemossedimentação e proteína C-reativa. A artrite deve ser avaliada em intervalos de 1 mês a 3 meses até atingir o objetivo do tratamento. O resultado radiográfico e relatos do paciente, como as avaliações funcionais, podem ser utilizadas para complementar esse monitoramento. Para a artrite reumatoide, as calculadoras de atividade de doença DAS-28 PCR e DAS-28 VHS podem ser utilizadas no aplicativo Whitebook. Baixe aqui!
10. As intervenções não farmacológicas, como exercícios dinâmicos e terapia ocupacional, devem ser consideradas como adjuvantes para o tratamento.

Leia todas as recomendações da EULAR nesse link.

Você sabia? ‘SUS passa a oferecer novo medicamento oral para artrite reumatoide’

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

Referências:

  • Combe B, Landewe R, Daien CI, et al 2016 update of the EULAR recommendations for the management of early arthritis Annals of the Rheumatic Diseases 2017;76:948-959.

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