DAPT reduz perdas do enxerto na ponte safena

A dupla antiagregação plaquetária (DAPT) é rotina após síndrome coronariana aguda e angioplastia, mas o benefício após cirurgia cardíaca é questionável.

Tempo de leitura: [rt_reading_time] minuto.

A dupla antiagregação plaquetária (DAPT) é rotina após síndrome coronariana aguda e angioplastia. Contudo, o benefício após cirurgia cardíaca é questionável, além de haver preocupações com sangramento. Uma metanálise recente publicada no British Medical Journal nos ajuda a entender melhor o cenário. O estudo olhou um desfecho secundário específico: a patência dos enxertos venosos com ponte safena. Dados da literatura apontam que 10-25% dos enxertos estão ocluídos em média 12-18 meses após a cirurgia.

estatinas betabloqueadores

DAPT após cirurgia cardíaca

O estudo incluiu 20 publicações, com 4.800 participantes, e comparou AAS em monoterapia com DAPT, em especial AAS+clopidogrel e AAS+ticagrelor. O resultado mostrou que ambas as combinações reduzem o risco de perda (trombose) do enxerto venoso de safena, em 40 e 50%, respectivamente.

Por outro lado, não houve aumento no risco de sangramentos graves. A única ressalva é que há mais estudos com AAS+clopidogrel do que AAS+ticagrelor, até pelo tempo de mercado das drogas.

Take-home message

Atualmente, a conduta “padrão” é o AAS em monoterapia, porém nos pacientes de maior risco (ex: vaso pequeno diâmetro, enxerto de qualidade ruim), este estudo abre caminho para DAPT na prevenção da oclusão do enxerto de safena na cirurgia de revascularização do miocárdio.

LEIA TAMBÉM: FFR para planejar cirurgia de revascularização do miocárdio é útil?

Referências bibliográficas:

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo

Selecione o motivo:
Errado
Incompleto
Desatualizado
Confuso
Outros

Sucesso!

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo.

Você avaliou esse artigo

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Baixe o Whitebook Tenha o melhor suporte
na sua tomada de decisão.