Dia Mundial da Felicidade

O dia 20 de março foi escolhido para celebrar o Dia Internacional da Felicidade. Esta data surgiu no ano de 2013, criada pela ONU.

O dia 20 de março foi escolhido para celebrar o Dia Internacional da Felicidade. Esta data surgiu no ano de 2013, criada pelas Organizações da Nações Unidas (ONU) após um encontro promovido pelo Reino do Butão, no intuito de discorrer sobre a “Felicidade e Bem-estar” da população, como um indicador de bem-estar socioeconômico mundial. A felicidade tem sido discutida em instituições como uma potente condição para que haja profissionais mais produtivos e felizes no ambiente de trabalho. Nesse sentido nasce o profissional identificado como: Chief Happiness Officer (CHO). Este ofício, vem ganhando força no setor privado que buscam melhores condições de vida para seus trabalhadores. As empresas já estão investidas em ações buscando aumentar, ou manter a felicidade de colaboradores, o que leva a construção de um corpo profissional mais feliz e potencialidade de saúde mental para ter uma melhor vida pessoal e maior qualidade de tempo de trabalho, além de maior produtividade.

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Em 2015 foi publicado pelas Organizações das Nações Unidas (ONU), um documento com 17 objetivos para alcançar o desenvolvimento sustentável, pretendendo o surgimento de políticas públicas para redução da pobreza, desigualdade e proteção do planeta, sugerindo assim aspectos essenciais para busca do bem-estar das pessoas, sugerindo uma abordagem mais inclusiva e equitativa. O termo “felicidade” está fortemente relacionado ao bem-estar subjetivo, prazer e, por conseguinte, à promoção da saúde do ser humano. Pode ainda receber outras denominações como contentamento, satisfação, estado de espírito, afeto positivo, sucesso, sorte. Esse termo trata das vivências internas individuais, partindo do julgamento de como o indivíduo se sente no momento presente e está satisfeito com sua vida.

Dia Mundial da Felicidade

Mas o que é felicidade?

A felicidade pode ser compreendida como a frequente ocorrência de experiências emocionais positivas sobre as negativas, é uma emoção básica do ser humano. A compreensão de felicidade, através da avaliação da qualidade de vida, considera dimensões como as condições de renda, educação, saúde, lazer, transporte, moradia e outros fatores determinantes como: aspectos espirituais, intelectuais, culturais, que também influenciam o bem-estar dos indivíduos. Mas em tempos tão difíceis nos últimos anos, de isolamento social e inúmeras perdas de vidas devido a pandemia da covid-19, como buscar a felicidade e ao mesmo tempo lidar com situações que trazem insegurança, medo, sentimentos negativos.

Diante da realidade difícil impostas no dia a dia de muitas pessoas, não é recomendado negar as emoções negativas, sugere-se transformá-las em vivências significativas, de aprendizados. Isso pode ser alcançado através de um processo de constante transformação, autoconhecimento, usando competências emocionais e sociais baseadas no desenvolvimento da inteligência emocional. No serviço de saúde a produção de felicidade se faz na construção de um profissional que se potencializa para cuidar. Profissionais de saúde mais felizes são mais aptos a cuidar. Por isso, se faz necessário compreender as vulnerabilidades dos profissionais de saúde e estimular o conceito de trabalho utilizados por profissionais do Chief Happiness Officer (CHO), que buscam em si estabelecer conceitos de cuidado para a equipe.

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Dos profissionais de saúde, o enfermeiro é o profissional que mais pode explorar essa nova profissão, pelo conhecimento da equipe e dos processos gerenciais da empresa. O conhecimento dos indicadores de saúde e das vulnerabilidades sociais, fazem desse profissional potente para a construção de equipes que possam compreender a necessidade de equilíbrio entre trabalho, descanso e lazer, pilares de uma vida saudável. A felicidade não é mais algo distante da saúde e será componente fundamental o estabelecimento do processo saúde-doença. Nesse sentido, sempre caberá a pergunta que iniciará o processo de cuidado: você é feliz? A pergunta levará sempre a uma ligação direta com a compreensão de saúde.

Existe a possibilidade da existência de concepção de ser detentor de saúde e ao mesmo tempo, de não se compreender enquanto feliz? A subjetividade desta questão possibilita uma vasta rede de cuidados de compreensão da existência humana, necessariamente ligada a saúde emocional e aos determinantes de saúde. É nesse contexto que a felicidade deve ser objeto de estudo, associado a conceito subjetivo de saúde, proporcionando novas ações profissionais e possibilidades de intervenções geradoras de melhor e maior produção e satisfação nos ambientes laborais.

Autores(as):

Brenda Almeida
Enfermeira bacharel e licenciada pela Universidade Federal Fluminense (RJ) ▪︎ Doutoranda em Saúde Pública e Meio Ambiente pela Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca – Fiocruz (RJ) ▪︎ Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal do Espírito Santo ▪︎ Especialista em Enfermagem do trabalho pela Uninter ▪︎ Especialista em Preceptoria no SUS pelo Instituto de Pesquisa Sírio Libanês

Rafael Polakiewicz
Doutorando em Ciências do Cuidado em Saúde (UFF), Mestre em Ciências do Cuidado em Saúde (UFF) e Especialista em Atenção Psicossocial.

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Referências bibliográficas: Ícone de seta para baixo
  • Pereira CAA. Um panorama histórico-conceitual acerca das subdimensões de qualidade de vida e do bem-estar subjetivo. Arq Bras Psicol. 1997; 49(4):32-48.
  • World Hapiness Report 2021. 20 março 2021. Disponível em: https://worldhappiness.report/ed/2021/. Acesso em 14 março de 2022.
  • Júnior N, Dias Y, Figueiredo M. Felicidade interna bruta: um enfoque na inteligência emocional. Revista AKEDIA - Versões, Negligências e Outros Mundos. 2020; 9. 16-36. DOI: 10.33726/akdpapers2447-7656v9a62020p16-36.

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