Dieta do Mediterrâneo: o que é e quais os impactos para a saúde?

O termo “dieta mediterrânea” vem de um padrão de dieta comum na década de 1960 em países produtores de oliveiras na área do Mar Mediterrâneo.

Provavelmente você já se deparou com assuntos relacionados à dieta do mediterrâneo. Isso porque o padrão alimentar mediterrâneo é considerado um dos padrões alimentares mais saudáveis do mundo e cientificamente aceito para ajudar a preservar a saúde humana.

A dieta mediterrânea tem sido estudada por décadas e muitas pesquisas demonstram uma forte relação entre adesão à dieta e o menor desenvolvimento de algumas doenças crônicas, incluindo doenças cardiovasculares (DCV), diabetes mellitus e câncer.

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Dieta do Mediterrâneo o que é e quais os impactos para a saúde

Afinal, o que é a Dieta do Mediterrâneo?

Podemos dizer que a Dieta do Mediterrâneo é caracterizada por uma alimentação “plant-based”, com quantidades pequenas a moderadas de fontes de alimentos de origem animal. Logo, é predominante um elevado consumo de frutas, legumes, verduras, pães, cereais integrais, batatas, leguminosas, nozes e sementes. Produtos lácteos, como queijo e iogurte, peixes, mariscos e aves são consumidos em quantidades baixas a moderadas, enquanto o consumo de carne vermelha e processada é muito baixo. Já os ovos são consumidos até quatro vezes por semana.

A necessidade de sal e gordura para fins aromáticos também é reduzida pelo amplo uso de ervas e especiarias. Vinho e/ou outras bebidas fermentadas são consumidas em quantidades baixas a moderadas, acompanhando as refeições. Finalmente, o uso do azeite é uma característica comum como principal fonte de gordura, principalmente com ácidos graxos monoinsaturados.

No seu conjunto, esta dieta se sobressai por ser pobre em ácidos graxos saturados e fornecer grandes quantidades de antioxidantes, carboidratos e fibras, sobretudo, um elevado teor de ácidos graxos monoinsaturados e ômega-3.

Pesquisas investigam relação com DCV

Considerando esses aspectos, o possível efeito protetor da dieta mediterrânea nas doenças cardiovasculares (DCV) e seus fatores de risco tem sido um tema de constante interesse. A maioria dos estudos sobre prevenção primária de DCV relatam uma associação inversa, estatisticamente significativa, entre a dieta do mediterrâneo e a incidência dessas doenças.

Os resultados das pesquisas também mostram a associação dessa dieta com a diminuição dos fatores de risco para DCV. Ademais, em um recente artigo de revisão crítica, essa dieta foi reconhecida como um padrão alimentar que passou pela avaliação mais abrangente, repetida e internacional de seus efeitos cardiovasculares em comparação com outros padrões alimentares.

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Mensagem Final

O efeito sinérgico das características nutricionais da Dieta do Mediterrâneo proporciona efeitos protetores cardiovasculares. Ela tem um impacto direto nos parâmetros envolvidos na gênese das doenças cardiovasculares, incluindo o estresse oxidativo, o perfil de lipídios/lipoproteínas plasmáticos, a função vascular, os marcadores inflamatórios, a resposta glicêmica e os componentes da síndrome metabólica.

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Referências bibliográficas: Ícone de seta para baixo
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