De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, a fibromialgia afeta 2,5% da população mundial, sendo mais comum entre as mulheres de 30 a 50 anos. É uma patologia que cursa com dor muscular crônica e com queda na qualidade de vida de paciente. A bexiga hiperativa afeta 17% das mulheres, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia. O mecanismo fisiopatológico exato das duas síndromes permanece desconhecido, mas existe uma suspeita de existir uma associação entre bexiga hiperativa e fibromialgia.
Análise recente
No final de maio de 2022 foi publicada uma revisão sistemática e metanálise com o objetivo de apresentar uma visão geral da pesquisa atual sobre a associação entre bexiga hiperativa (BH) e fibromialgia, de modo que pudesse somar conhecimento no tratamento de ambas patologias que em muitas vezes são desafiadores.
Sete estudos foram incluídos na revisão final, dos quais seis apresentaram associação positiva entre as síndromes. Os estudos demonstraram uma associação positiva entre a fibromialgia e a gravidade da BH, e um efeito adverso na qualidade de vida relacionada à BH. Um tamanho de efeito médio de 1,96 (intervalo de confiança de 95% 0,85–3,06) foi calculado.
Mensagem final
A BH e a fibromialgia são síndromes complexas e multifatoriais. Sendo o tratamento da fibromialgia um grande desafio. O estudo discutido hoje, apresenta associação entre eles, porém mais pesquisas sobre o tema devem ser realizadas para uma conclusão mais precisa, e posterior ajuda na terapêutica de ambas as síndromes.
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