Febre maculosa: número de casos aumenta no país; saiba diagnosticar

O crescimento de números de casos de febre maculosa no país é motivo de preocupação. A OMS confirmou duas mortes provocadas pela doença.

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O crescimento de números de casos de febre maculosa no país é motivo de preocupação. A Secretaria Municipal de Saúde de Contagem, em Minas Gerais, confirmou duas mortes provocadas pela doença neste último domingo, dia 2 de junho. Outros dois óbitos estão sendo investigados pelas autoridades de saúde.

Segundo a secretaria, as vítimas são da mesma família e moravam no bairro Vila Boa Vista, na região do Nacional, que faz divisa com a região da Pampulha, na capital mineira. De acordo com a pasta, no total, 13 pessoas, todas vizinhas, procuraram atendimento médico por causa da febre maculosa ou de suspeita da enfermidade.

Em Belo Horizonte, um alerta foi divulgado, reforçando as orientações sobre os sintomas da febre maculosa e os devidos procedimentos para condução de casos suspeitos.

“Os casos atendidos na capital mineira são de residentes de outros municípios e a investigação desses casos é de responsabilidade do município de origem. Belo Horizonte recebeu os pacientes, está prestando toda assistência necessária e já divulgou um comunicado”, afirmou a secretaria por meio de nota à imprensa.

Já a Secretaria de Saúde do Paraná fez um alerta para a população após a confirmação de mais um caso de febre maculosa. Desde o início de 2019 até agora já foram sete casos confirmados e 33 notificações da doença no estado. Do total de confirmações, cinco foram identificados em Paranaguá, no litoral do Paraná.

Em São Paulo, o número de pessoas com febre maculosa tem crescido muito também. Em 2017, foram 32 casos. Já em 2018, 103. Mais da metade se concentraram nas regiões de Campinas, Ribeirão Preto e São Carlos.

febre maculosa

Febre maculosa versus dengue

Apesar dos transmissores serem completamente diferentes, existem algumas semelhanças entre a dengue e a febre maculosa. Os sintomas, por exemplo, são muito parecidos: febre, cefaleia, dores no corpo e até manchas vermelhas. Por isso, o diagnóstico correto é tão importante, uma vez que a febre maculosa pode matar em até 60% dos casos.

A progressão da doença varia. Nem todos os pacientes irão desenvolver todos os sinais ou sintomas. Por isso, o mais importante é examinar o paciente após ele ter relatado ter entrado em áreas de mata.

Está disponível no Brasil teste que identifica dengue em 10 minutos

Febre Maculosa

A febre maculosa é uma doença infecciosa, febril aguda e de gravidade variável, que pode variar desde as formas clínicas leves e atípicas até formas graves, com elevada taxa de letalidade. A enfermidade é causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato, principalmente da espécie estrela.

Os principais sintomas são: febre acima de 39ºC e calafrios, de início súbito; cefaleia intensa; náuseas, vômitos, diarreia; dor abdominal; mialgia; eritema palmar e plantar Em casos mais raros, gangrena nos dedos e orelhas. Em estágio avançado, pode causar paralisia flácida ascendente, podendo causar insuficiência respiratória.

Diagnóstico

Os testes laboratoriais mais indicados para diagnóstico da doença são:

  • Reação de imunofluorescência indireta (RIFI): detectam presença de anticorpos contra a bactéria, a partir de coleta de sangue;
  • Exame de Imunohistoquímica: detecta a bactéria em amostras de tecidos obtidas a partir de biópsia de lesões de pele;
  • Técnicas de biologia molecular − reação em cadeia da polimerase (PCR): realizada a partir de amostras de sangue ou tecido de biópsia.

Tratamento

O rápido diagnóstico é essencial para evitar formas mais graves da doença e a morte do paciente. O tratamento é realizado com antibióticos específicos, sendo necessária a internação do paciente em casos mais graves.

A terapêutica deve ser empregada por um período de sete dias, mantida por três dias, após o término da febre.
A falta ou demora no tratamento da febre maculosa pode afetar o sistema nervoso central e causar encefalite, confusão mental, convulsões e coma. Pode haver insuficiência renal aguda e respiratória.

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED.

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