Um dos temas discutidos no ISICEM 2023 foi a neuromonitorização. Um dos aspectos mais relevantes é a possibilidade de detectar alterações precoces em cenários de injúria cerebral aguda que demandem intervenções imediatas, seja exames avançados de neuroimagem ou intervenções cirúrgicas.
Nesse contexto, surge a pupilometria automatizada. O seu uso na terapia intensiva foi discutido pelo Prof. Giuseppe Citerio, neurointensivista e editor-chefe da Intensive Care Medicine.
A pupilometria automatizada envolve o uso de um dispositivo que mede automaticamente o tamanho e a reatividade da pupila em resposta à luz. Essa técnica é usada para avaliar a função cerebral em tempo real e pode ajudar a identificar rapidamente alterações na função cerebral que requerem intervenção médica imediata.
O Índice Neurológico da Pupila (Neurological Pupil Index, NPI, na sigla em inglês), que é uma ferramenta que permite avaliar de forma objetiva a função pupilar em pacientes em terapia intensiva. O NPi considera o tamanho e a reatividade da pupila em diferentes condições de luz e é útil para avaliar a função cerebral em pacientes em risco de lesão cerebral ou que já apresentam lesão cerebral. O NPi pode ajudar a identificar rapidamente alterações na função cerebral e tomar medidas para proteger o cérebro de danos adicionais.
As mudanças no NPi (Índice Neurológico da Pupila) antecipam a deterioração clínica e episódios de elevação sustentada da PIC!
O #OrangeStudy,, uma coorte prospectiva, está chegando para analisar o papel do NPi no prognóstico e desfecho da lesão cerebral aguda, afirma o prof. Giuseppe Citerio.
Protocolo do estudo aqui.
Mensagens práticas
- Existe uma associação entre o NPi anormal (Índice Neurológico da Pupila) e o resultado a longo prazo (mortalidade em seis meses e GOS-E – Glasgow estendido) em pacientes com lesão cerebral aguda.
- A relação com a Pressão Intracraniana (PIC) é o próximo passo de exploração.
22 mar. 2024 
1 min. 
