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A dor lombar é um distúrbio osteomuscular que afeta grande parte da população economicamente ativa. Dependendo da gravidade, a lombalgia pode provocar importante incapacidade física, afastamento do trabalho, aposentadoria precoce e o comprometimento das atividades da vida diária (AVDs). A maioria dos casos apresenta-se de forma inespecífica e muitas vezes com origem multifatorial que inclui fatores de riscos intrínsecos e extrínsecos ao paciente. A abordagem conservadora é a primeira linha de ação.
Entretanto, não existe consenso sobre as formas terapêuticas. A recente diretriz publicada orienta que o manejo da lombalgia e radiculopatia deve incluir informações sobre o prognóstico, sinais de alerta e aconselhamento sobre a importância do paciente permanecer ativo. Os guidelines sugerem o uso da educação do paciente, diferentes tipos de exercícios supervisionados e terapia manual.
Por outro lado, não existe consenso sobre a utilização de anti-inflamatórios não esteroides e, principalmente, o paracetamol. A recomendação de paracetamol para dor lombar aguda é contestada por evidências recentes e precisa ser atualizada. O uso rotineiro de exames de imagem também é contestado e precisa ser repensado.
Leia mais: Dor lombar na sala de emergência: indicações de imagem [ABRAMEDE 2018]
Em relação a abordagem fisioterapêutica, a terapia manual e o exercício físico são as duas formas de intervenção com moderada evidência. Entretanto, ainda não existe consenso sobre quais são os melhores exercícios, bem como, sobre a intensidade, frequência e duração dos mesmos, existindo uma diversidade muito grande de protocolos.
Recente estudo publicado por Hermet et al. na BMC Musculoskeletal Disorders em 2018, avaliou a concordância entre fisioterapeutas sobre a classificação do desempenho dos pacientes durante exercícios recomendados na literatura para lombalgia.
Os autores selecionaram 10 exercícios de alongamento e fortalecimento divididos em seis exercícios de fortalecimento (dois para músculos das costas, dois para os músculos abdominais, um para o glúteo e um para o estabilizador do tronco) com períodos alternados de contração/descanso de cinco segundos (cinco repetições) e quatro alongamentos, incluindo um para os músculos isquiotibiais, um para o glúteo, um para os músculos das costas e um para o músculo reto femoral, com duração do alongamento de pelo menos 20 segundos.
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Referências:
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