Mais um tratamento para hepatite B é incorporado ao SUS

O Sistema Único de Saúde (SUS) vai oferecer mais uma alternativa terapêutica para hepatite B. Trata-se do tenofovir alafenamida (TAF).

O Sistema Único de Saúde (SUS) vai oferecer mais uma alternativa terapêutica para hepatite B. Trata-se do tenofovir alafenamida (TAF), que configura a terceira linha de tratamento para pacientes nos casos em que o uso de tenofovir convencional e entecavir não seja uma alternativa viável.

O Ministério da Saúde incorporou o medicamento, uma vez que ele se mostrou mais seguro que o entecavir em relação à resistência viral após o uso prévio de lamivudina. E em situações bastante específicas, se apresenta também como opção mais segura referente a disfunções ósseas e renais, quando comparado ao fumarato de tenofovir desoproxila (TDF), medicamento antirretroviral e antiviral utilizado para hepatite B, Delta e o tratamento da HIV/Aids.

Leia também: Screening universal de anticorpos para hepatite B e vacinação na gravidez

Essa é uma excelente notícia para pacientes em tratamento para hepatite B que apresentam condições clínicas específicas, como contraindicação no uso dos medicamentos existentes para a doença.

Segundo previsão da pasta, mais de 1 milhão de comprimidos do novo remédio devem ser distribuídos em todo o Brasil entre março e abril deste ano. O investimento anual está estimado em mais de R$18 milhões.

Mais um tratamento para hepatite B é incorporado ao SUS

Diagnóstico

Apenas clinicamente não é possível diferenciar a hepatite B da hepatite causada por outros agentes virais. Sendo assim, a confirmação laboratorial do diagnóstico é essencial.

Diversos exames de sangue estão disponíveis para diagnosticar e monitorar pessoas com hepatite B, que podem ser utilizados ​​para distinguir as infecções agudas das crônicas.

De acordo com as últimas estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), divulgadas em 2019, 30,4 milhões de pessoas (10,5% de todos os indivíduos estimados vivendo com hepatite B) estavam cientes de sua infecção, enquanto 6,6 milhões (22%) das pessoas diagnosticadas estavam em tratamento. A proporção de crianças menores de cinco anos de idade infectadas cronicamente caiu para pouco menos de 1%.

Tratamento

Ainda não existe tratamento específico para a hepatite B aguda. A enfermidade pode ser tratada com medicamentos, incluindo agentes antivirais orais. O tratamento pode retardar a progressão da cirrose, reduzir a incidência de câncer de fígado e melhorar a sobrevida a longo prazo.

Em 2021, a OMS estimou que 12% a 25% das pessoas com infecção crônica por hepatite B precisarão de tratamento, dependendo do cenário e dos critérios de elegibilidade.

Saiba mais: CROI 2022: controvérsias em hepatite B crônica

A organização mundial recomenda o uso de tratamentos orais (tenofovir ou entecavir) como os medicamentos mais potentes para suprimir o vírus da hepatite B. A maioria das pessoas que inicia o tratamento da hepatite B deve continuar por toda a vida.

Em ambientes de baixa renda, a maioria dos pacientes com câncer de fígado vem a óbito dentro de meses após o diagnóstico. Já em países de alta renda, as pessoas conseguem acesso mais rapidamente à cirurgia e quimioterapia, que podem prolongar a vida por diversos meses a até alguns anos. O transplante de fígado também pode ser usado em pacientes com cirrose ou câncer de fígado com sucesso variável.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo

Selecione o motivo:
Errado
Incompleto
Desatualizado
Confuso
Outros

Sucesso!

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo.

Você avaliou esse artigo

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Baixe o Whitebook Tenha o melhor suporte
na sua tomada de decisão.
Referências bibliográficas: Ícone de seta para baixo

Especialidades