Medicamento injetável para tratamento de asma é incorporado no SUS

O Ministério da Saúde incluiu no SUS uma nova apresentação de omalizumabe em solução injetável para o tratamento de asma alérgica.

A inclusão da nova apresentação foi analisada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), que percebeu a necessidade de atualizar os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para a asma.

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Conforme o relatório, a decisão foi tomada após previsão de que o omalizumabe em pó para solução injetável usado atualmente não estará mais disponível a partir de dezembro de 2022. Dessa forma, foi necessária a inclusão da apresentação injetável em seringa preenchida.

“Em geral, a formulação injetável em seringa preenchida mostra-se equivalente à apresentação em pó em termos de benefícios e riscos, podendo ainda se mostrar de uso mais fácil e com maior tolerabilidade aos possíveis efeitos adversos. Vale lembrar que as duas formulações têm o mesmo preço, de acordo com a Lista de Preços de Medicamentos da Câmara de Regulação de Preços de Medicamentos (CMED) da Anvisa, atualizada em julho de 2022. Logo, não há expectativa de mudança nos aspectos econômicos e nos gastos para o SUS”, afirma o documento.

Leia o Relatório para a Sociedade com o parecer da Conitec.

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Omalizumabe

Em 2019, foi incorporado ao SUS o omalizumabe para o tratamento de asma alérgica grave não controlada apesar do uso de corticoide inalatório associado a um beta-2 agonista de longa ação. Naquele momento, a única apresentação disponível no Brasil era o pó para solução injetável (150 mg) em frasco-ampola.

Dois anos depois, foi publicada a autorização do PCDT de asma, que recomenda o uso de omalizumabe. Uma outra formulação do remédio, como solução injetável em seringa preenchida (150 mg/ml), foi aprovada junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2017, e teve a sua bula publicada em 2020.

Sobre a doença

A asma é uma enfermidade inflamatória crônica que atinge as vias aéreas inferiores, como traqueia e brônquios. Essas regiões ficam mais sensíveis a diferentes estímulos, levando ao bloqueio do fluxo de ar de forma recorrente e, em geral, reversível.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 235 milhões de pessoas sofrem com a doença no mundo. No Brasil, a asma foi a terceira causa de internação hospitalar pelo SUS em 2008, com cerca de 300 mil hospitalizações naquele ano. Em 2013, houve 129.728 internações e 2.047 óbitos. Já em 2018, ocorreram aproximadamente 87 mil internações. Contudo, a taxa de mortalidade hospitalar teve um aumento em torno de 25%, no período de 2008 a 2013.

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São cinco as formas mais comuns da enfermidade: alérgica, não alérgica, de início tardio, com limitação do fluxo de ar e com obesidade. Em relação à gravidade, a asma pode ser considerada leve (etapas I e II), moderada (etapa III) ou grave (etapa IV), de acordo com o tipo de tratamento necessário  para controlar os sintomas e as exacerbações, ou seja, episódios agudos ou subagudos com aumento progressivo dos sintomas.

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