A maioria das mulheres experimentam a menopausa entre 48-52 anos de idade resultante da cessação das funções foliculares ovarianas e diagnosticada clinicamente a partir de 12 meses de amenorreia. Fisiologicamente a terapia hormonal com estrogênio restaura o estradiol sistêmico sem diminuir os níveis de FSH aos níveis da idade reprodutiva.
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A menopausa age como fator de risco para doenças cardiovasculares ateroscleróticas, desenvolvendo doença coronariana obstrutiva entre 7-10 anos mais tarde nas mulheres do que nos homens, aumentando ainda o risco na pós-menopausa.
Os estudos clínicos sugerem que essa evolução prejudicial sobre a saúde coronariana se dá pelo aumento de triglicérides e LDL circulantes nesta época. A análise do metaboloma (composição de todas as pequenas moléculas de um organismo).
Análise recente sobre terapia hormonal na menopausa
Para avaliar o benefício da terapia hormonal um estudo de coorte prospectivo publicado pela European Journal of Preventive Cardiology acompanhou 218 mulheres desde a perimenopausa até a pós-menopausa inicial. Um grupo formado por 183 mulheres vindo de menopausa natural com aumento de FSH e queda de estradiol. No outro braço do estudo 35 mulheres receberam terapia hormonal com estradiol (oral e transdérmico). Ambos os grupos foram então submetidos a análises de composição corporal.
Os achados principais foram no grupo que recebeu terapia hormonal:
- Diminuição da relação apolipoproteína A/B.
- Aumento do tamanho de partículas HDL médias e grandes.
- Aumento do diâmetro de partículas HDL.
- Aumento do colesterol HDL.
- Diminuição das partículas LDL médias e pequenas.
- Diminuição da glicina.
Todos esses eventos associados levam a uma proteção cardiovascular pela diminuição do potencial pró-aterogênico resultante do climatério não tratado com terapia hormonal estrogênica. Esses achados corroboram com o impacto positivo dos hormônios sexuais femininos na saúde cardiovascular feminina.
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