Ministério da Saúde cadastra laboratórios para diagnóstico de monkeypox

Sete novos laboratórios centrais de saúde pública (Lacens) foram cadastrados pelo Ministério da Saúde para diagnóstico da monkeypox.

Os estados contemplados com essa decisão são Bahia, Goiás, Santa Catarina, Ceará, Pernambuco, Paraná e Espírito Santo. Agora são, no total, 15 laboratórios cadastrados para realizar as análises das amostras. Antes da ampliação, os exames diagnóstico de monkeypox já eram realizados pelos laboratórios centrais de saúde pública de Minas Gerais, São Paulo, Distrito Federal e Rio Grande do Sul, além dos laboratórios de referência da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro e no Amazonas, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Instituto Evandro Chagas (IEC), no Pará.

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Ministério da Saúde cadastra laboratórios para diagnóstico de monkeypox

Diagnóstico

O diagnóstico é realizado exclusivamente por teste molecular do tipo PCR, mesma tecnologia dos testes de Biomanguinhos/Fiocruz, aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Com relação aos testes, a previsão inicial de aquisição pelo Ministério da Saúde é entregar 60 mil kits, quantitativo que pode variar de acordo com a disponibilidade, para distribuição por toda a rede de Lacens e Laboratórios de Referência, considerando a situação epidemiológica de cada estado.

Como tratar caso de suspeita da doença

As autoridades de saúde alertam que, em caso de suspeita da doença, o teste molecular para diagnóstico laboratorial deve ser realizado em todos os pacientes para detectar o material genético do vírus na amostra colhida de cada indivíduo.

“Para isso, ela deve ser coletada, preferencialmente, a partir da secreção das lesões purulentas. Quando estas já estão secas, as crostas podem ser retiradas e encaminhadas ao laboratório”, orientou a pasta.

Para quem testou positivo, a conduta recomendada é a manutenção do isolamento até desaparecimento das crostas e a completa cicatrização da pele, sem a necessidade de um novo teste.

Entre os sintomas mais frequentes da varíola dos macacos, estão: erupção cutânea, cefaleia, febre, astenia/fraqueza, adenomegalia, dores musculares, suor/calafrios, dores na garganta, artralgia, dores nas costas, náusea/vômito, fotossensibilidade, sinais hemorrágicos e conjuntivite.

Os sinais e sintomas duram de duas a quatro semanas, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), e desaparecem por conta própria, geralmente sem complicações.

Epicentro global da epidemia

Como mais de 30 mil casos foram notificados nas Américas, a região é atualmente o epicentro global da epidemia. A maioria dos casos na região se concentra nos Estados Unidos, Brasil, Peru e Canadá, e principalmente entre homens que fazem sexo com homens, embora pelo menos 145 casos tenham sido notificados em mulheres e 54 em pessoas menores de 18 anos.

A diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa F. Etienne, pediu o aumento e descentralização da capacidade de realização de testes, particularmente para populações de alto risco, ressaltando a necessidade de assegurar que os trabalhadores de saúde estejam capacitados para identificar os sintomas e fornecer cuidados respeitosos e de alta qualidade.

Carissa Etienne também pediu aos países que enfrentam o estigma envolvendo a doença, porque isso afasta as pessoas em risco das informações necessárias, dos testes e dos cuidados de saúde. “Não há espaço para estigma na saúde pública. Se não formos proativos na superação dessas barreiras, a varíola dos macacos se espalhará silenciosamente”, advertiu.

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A OPAS segue trabalhando com países da região para priorizar doses limitadas de vacinas existentes para grupos de alto risco e para reforçar a triagem. A entidade internacional também tem desenvolvido orientações e oferecido oficinas para apoiar os esforços dos países na participação das comunidades afetadas.

“Uma resposta eficaz de saúde pública exige que sejamos decisivos, que atuemos rapidamente e que priorizemos o apoio aos mais vulneráveis em nossa região”, enfatizou Carissa Etienne.

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