Modelo de predição de parto prematuro para mulheres em trabalho de parto prematuro

O paradigma envolvendo o parto prematuro é a dificuldade de diagnóstico, uma vez que seus sintomas são conflitantes com outros diagnósticos.

A prematuridade é um agravante dentro da obstetrícia e da pediatria. Representa o maior fator de morbimortalidade ao redor do mundo com 15 milhões de recém-nascidos evoluindo para óbito. O grande paradigma envolvendo o parto prematuro é a dificuldade de diagnóstico correto, uma vez que seus sintomas são facilmente conflitantes com outros diagnósticos durante a gravidez e o acerto prognóstico da evolução para o trabalho de parto efetivo é difícil. Ainda não sabíamos qual paciente evoluísse realmente para o desfecho — parto — e quais conseguimos evitar o parto.

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Muitas mulheres, pela especificidade dos sintomas são tratadas desnecessariamente para trabalho de parto prematuro, além da administração desnecessária de drogas tocolíticas (podendo levar a efeitos adversos maternos) e corticoides que, de forma desnecessária podem levar a reações neurológicas prejudiciais na infância.

Atualmente o comprimento do colo uterino medido pelo USG transvaginal é preditor de trabalho de parto prematuro, mas o custo para aquisição do aparelho e a necessidade de observador experiente tornam o exame de mais difícil acesso.

A dosagem de fibronectina fetal no conteúdo vaginal tem se tornado um aliado de grande valia como teste bioquímico nos dias atuais.

Modelo de predição de parto prematuro para mulheres em trabalho de parto prematuro

Análise recente

O presente trabalho publicado em julho de 2021 por um grupo da Universidade de Edimburgo propõe o uso de um modelo matemático baseado na dosagem de fibronectina associado a fatores de risco clínicos como preditores de alta sensibilidade para predizer a evolução para parto prematuro (gestantes de 22 a 34 semanas 6 dias) com validação interna (em torno de 1.700 pacientes) e externa com estudo no Reino Unido (em torno de 2.900 pacientes).

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Apesar da  limitação observada pelo número baixo de pacientes não brancas nas amostras e a perda de alguns dados entre algumas variáveis, o modelo matemático QUIDS que analisou valores qualitativos de fibronectina fetal associado a fatores de risco maternos foi eficiente para determinar o risco de desenvolvimento de trabalho de parto prematuro na população estudada.

Modelo De Equação QUIDS:

Referências bibliográficas:

  • Stock SJ, et al. Development and validation of a risk prediction model of preterm birth for women with preterm labour symptoms (the QUIDS study): A prospective cohort study and individual participant data meta-analysis. PLOS Medicine. 2021. doi: 10.1371/journal.pmed.1003686

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