Monitoramento traz informações sobre eficácia e segurança de vacinas bivalentes

O alerta apresenta informações sobre os imunizantes que já receberam a aprovação de uso emergencial em agências sanitárias internacionais.

O Ministério da Saúde publicou o alerta de Monitoramento do Horizonte Tecnológico (MHT) sobre as vacinas covid-19 bivalentes, desenvolvidas para aumentar a eficácia contra a variante ômicron do vírus. O alerta apresenta informações sobre os imunizantes que já receberam a aprovação de uso emergencial em agências sanitárias internacionais.  

No Brasil, duas dessas vacinas, ambas produzidas pelo laboratório Pfizer, receberam autorização de uso emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no final de novembro do ano passado.  As tecnologias são indicadas como dose única de reforço para crianças e adultos após, no mínimo, dois meses da conclusão do esquema vacinal primário ou da última dose de reforço da vacina monovalente contra a covid-19. 

Leia também: Anvisa analisa pedido de registro de vacina contra a dengue

Segundo o alerta, que traz informações de seis ensaios clínicos, as vacinas bivalentes mais adiantadas no seu desenvolvimento são os imunizantes dos laboratórios farmacêuticos Pfizer e Moderna, que contêm código genético da cepa original e das variantes ômicron BA.1 ou BA.4/BA.5. 

As evidências disponíveis indicam que essas tecnologias apresentam boa resposta contra a variante ômicron, atualmente mais prevalente no mundo, incluindo no Brasil. Além disso, as vacinas possuem perfis de segurança e eficácia semelhante às monovalentes, já utilizadas em grande escala. Os laboratórios responsáveis continuarão com estudos clínicos para eliminar incertezas existentes e obter dados mais seguros sobre essas tecnologias.  

Ainda não há pedido de avaliação das vacinas bivalentes pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec/SUS).   

Brasil recebe primeiro lote de vacinas bivalentes 

O país recebeu o primeiro lote com 1,4 milhão de doses de vacinas bivalentes contra a covid-19 no dia 9 de dezembro de 2022. As doses são de fabricação da Pfizer e protegem contra a variante Ômicron original e a variante BA1. Para a identificação, os frascos das vacinas bivalentes têm tampa na cor cinza, cada um com seis doses. 

Desde o começo da campanha contra a covid-19, o Ministério da Saúde distribuiu mais de 568 milhões de doses de vacinas a todos os estados e ao Distrito Federal. Desse total, 247,4 milhões são da Pfizer. 

Covid-19: nova subvariante da ômicron preocupa Estados Unidos e Inglaterra

Uma nova subvariante da cepa ômicron preocupa autoridades de saúde nos Estados Unidos e na Inglaterra pelo potencial de alta virulência. Especialistas temem ainda que a chamada XBB 1.5 seja mais resistente às vacinas contra a covid-19. Hoje, ela é responsável por quase 41% dos casos confirmados da doença no território norte-americano. No Reino Unido, uma em cada 25 ocorrências da enfermidade são causadas por essa versão.

Em Nova York, onde se acredita que a XBB. 1.5 tenha surgido, 71% dos casos confirmados estão associados à variante, uma descendente da XBB, que não se mostrou perigosa. No caso da versão atual, a mutação-chave, chamada F486P, está associada ao escape da imunidade, o que poderia explicar o avanço súbito de infecções nos Estados Unidos.

Aqui no Brasil, a nova subvariante foi identificada no dia 5 de janeiro deste ano, conforme divulgou a rede integrada de saúde Dasa.  A XBB. 1.5 foi encontrada em uma amostra de sangue de um paciente da cidade de Indaiatuba, interior de São Paulo, em novembro do ano passado.

O caso foi notificado ao Centro de Vigilância Sanitária do estado de São Paulo, e a amostra está no Gisaid, repositório mundial do sequenciamento genético do vírus.

Segundo a epidemiologista-chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Maria Van Kerkhove, a subvariante XBB.1.5 é a versão mais transmissível da covid-19 identificada no mundo até o momento.

Um estudo recente publicado na revista Cell mostra que as subvariantes BQ.1, BQ.1.1, XBB e XBB.1— esta última detectada no Brasil — são as mais resistentes já identificadas, mas a pesquisa foi realizada com células em laboratório, e não se sabe se esse resultado extrapola para o mundo real. Atualmente, existem cerca de 300 subvariantes da ômicron em circulação em todo o mundo. 

*Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal PEBMED.

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Referências bibliográficas: Ícone de seta para baixo
  • Covid-19: Alerta MHT traz informações sobre vacinas bivalentes. Ministério da Saúde. Disponível em: https://www.gov.br/conitec/pt-br/assuntos/noticias/2023/janeiro/covid-19-alerta-mht-traz-informacoes-sobre-vacinas-bivalentes
  • https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/radar/2023/Alerta_MHT_padrao__vacina_bivalente_Covid19final_16JAN2023.pdf
  • Brasil recebe primeiro lote de vacinas bivalentes contra covid-19. Agência Brasil. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2022-12/brasil-recebe-primeiro-lote-de-vacinas-bivalentes-contra-covid-19
  • Covid-19: nova subvariante da ômicron preocupa Estados Unidos e Inglaterra. Correio Braziliense. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/ciencia-e-saude/2023/01/5063515-covid-19-nova-subvariante-da-omicron-preocupa-estados-unidos-e-inglaterra.html

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