Novo antibiótico aprovado para tratamento de pneumonia comunitária nos EUA

A U.S. Food and Drug Administration (FDA) aprovou um novo antibiótico para o tratamento de pneumonia comunitária: a lefamulina.

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No dia 19 de agosto, a U.S. Food and Drug Administration (FDA) aprovou um novo antibiótico para o tratamento de pneumonia comunitária: a lefamulina.

Com o nome comercial de Xenleta®, a lefamulina é um antimicrobiano que inibe a síntese proteica bacteriana ao interagir com a subunidade 50s do rRNA. Tem atividade bactericida contra cepas de Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae, Chlamydophila pneumoniae, Legionella pneumophila e Mycoplasma pneumoniae, e bacteriostática contra Staphylococcus aureus sensível à meticilina e Streptococcus pyogenes in vitro. Não é ativa contra enterobactérias ou Pseudomonas aeruginosa e não tem comprovação de eficácia em infecções causadas por MRSA.

O novo antibiótico foi aprovado após 2 ensaios clínicos multicêntricos, duplo-cegos e randomizados. Compreendeu 1289 pacientes em que lefamulina por 5-10 ou 7 dias foi não-inferior ao tratamento com moxifloxacino com ou sem linezolida por 7-10 dias. Ou 7 dias de moxifloxacino em pacientes com quadro de pneumonia comunitária bacteriana.

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Durante os estudos, os eventos adversos mais frequentemente reportados consistiram em reações no local de infusão, diarreia, náuseas, vômitos, elevação de enzimas hepáticas, hipocalemia, insônia e cefaleia. Além disso, o uso de lefamulina tem o potencial de prolongar o intervalo QT. E, por causa disso, deve ser evitado em pacientes com prolongamento de intervalo QT conhecido, pacientes com arritmias ventriculares, incluindo torsade de pointes, pacientes em uso de antiarrítmicos de classe IA (como quinidina ou procainamida) ou de classe III (como amiodarona e sotalol), e pacientes em uso de outras medicações com potencial de prolongar o intervalo QT.

Xenleta® está disponível nas formulações intravenosa e oral e foi aprovado com as posologias de 150 mg, EV, 12/12 horas ou 600 mg, VO, 12/12 horas. Não há necessidade de ajuste na disfunção renal, porém pacientes com disfunção hepática grave (Child C) devem ter a dose reduzida para 150 mg, EV, a cada 24 horas.

A lefamulina ainda não tem previsão de chegar ao Brasil, mas constitui uma nova opção para o tratamento de pneumonia comunitária.

 

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