O que o enfermeiro precisa saber sobre a Coronavac?

Apesar de termos dois imunobiológicos aprovados pela Anvisa para uso emergencial no primeiro momento só poderemos contar com a Coronavac.

Quinta-feira, 19 de janeiro de 2021 é a data prevista para início da imunização em massa contra a infecção por SARS-CoV-2 em todo o território brasileiro.

Apesar de termos dois imunobiológicos aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial (a Coronavac, desenvolvida pela Sinovac em parceria com o Instiuto Butantan, e a Covishield, desenvolvida pela parceria AstraZeneca/Universidade de Oxford/Fiocruz/Serum Institute of India), por embaraços logísticos, no primeiro momento só poderemos contar com a Coronavac.

vidro e seringa da vacina coronavac

O que é importante o enfermeiro saber?

Uma vacina que mostrou-se segura, com poucos eventos adversos, nos testes de fase 3, a Coronavac apresentou eficácia global de 50,39% e preveniu necessidade de atendimento ambulatorial em 77,96%. Nenhum participante que recebeu a vacina desenvolveu a forma grave da doença.

Como no grupo placebo a incidência de casos graves foi de apenas sete num universo de 4.653 pessoas, não tem significância estatística para inferir que reduziu em 100% as chances de desenvolver a forma grave da Covid-19.

Principais dados da Coronavac

  1. Tipo de vacina: Antígeno de vírus inativado de SARS-CoV-2.
  2. Via de administração: Intramuscular.
  3. Armazenamento: Protegido da luz refrigerado entre +2 e +8°C.
  4. Apresentação: Frasco-ampola individual, contendo 0,5mL (600SU) da vacina adsorvida Covid-19 (inativada) com aspecto de suspensão opalescente. Deve ser agitado ater desfazer o precipitado antes da aplicação.
  5. Esquema vacinal: O esquema vacinal é completo com duas doses, com intervalo entre 2 a 4 semanas entre elas.

Mais do autor: Covid-19: A doença que mostrou o protagonismo da enfermagem

Reações adversas comuns

  1. Dor local (>10%);
  2. Cefaleia (> 10%);
  3. Fadiga (> 10%);
  4. Febre (entre 1% e 10%);
  5. Mialgia (entre 1% e 10%);
  6. Diarreia (entre 1% e 10%);
  7. Náusea (entre 1% e 10%);
  8. Calafrios (entre 1% e 10%);
  9. Inapetência (entre 1% e 10%);
  10. Tosse (entre 1% e 10%);
  11. Prurido (entre 1% e 10%);
  12. Congestão nasal e rinorreia (entre 1% e 10%).

Outras informações importantes

Equipamentos de proteção individual recomendados:

  • Máscara cirúrgica;
  • Óculos de proteção ou protetor facial;
  • Avental de manga longa descartável ou de tecido com troca diária.

Observação: a luva de procedimento deve ser utilizada somente quando houver risco de contaminação do aplicador com fluidos corporais ou lesões abertas.

Vacinação simultânea: É contra indicada a vacinação da Coronavac com qualquer outra vacina simultaneamente. Recomenda-se o intervalo de 14 dias entre a dose da Coronavac e a outra vacina.

População-alvo: Nesse primeiro lote, devem ser vacinados profissionais que desempenhem suas funções em serviços de saúde, começando pelos que estão mais expostos aos riscos, população indígena aldeada, idosos e pessoas com deficiência que estejam institucionalizadas. Destacamos que esse público-alvo pode ser alterado de acordo com a disponibilidade de novos lotes da vacina.

Referências bibliográficas:

  • Brasil. Ministério da Saúde. Plano Nacional de Operacionalização de Vacinação contra Covid-19. Brasília. 2021
  • Brasil. Ministério da Saúde. Informe técnico – Campanha Nacional de Vacinação contra a Covid-19. Brasília. 2021
  • CoronaVac (Vacina adsorvida covid-19). Alina Souza Gandufe. Beijing: Sinovac Life Sciences Co., Ltd, 2021. Bula de remédio.

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