A obesidade, sabidamente, aumenta o risco de infertilidade em mulheres, estando ligada a um risco maior de disfunções anovulatórias e hormonais. Essas alterações poderiam explicar a associação positiva entre obesidade e gestações múltiplas que vem sendo relatada na literatura médica.
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Metodologia
O estudo publicado na revista International Journal of Gynecology & Obstetrics trata-se de uma coorte retrospectiva, desenvolvida a partir de dados nacionais de registro de nascimento, o National Medical Birth Register. Foram consideradas elegíveis ao estudo mulheres com informação de peso e altura, para cálculo do IMC, do período préconcepcional ou obtidos até 8 semanas de gravidez. O período analisado foi de 01 de janeiro de 2004 a 31 de dezembro de 2018. Foram excluídas do estudo, mulheres que engravidaram após tratamento para infertilidade.
Resultados
Foram incluídas no estudo 697.710 mulheres, sendo 464.983 na faixa de IMC adequado, 28.991 no grupo abaixo do peso, 174.776 no grupo sobrepeso, 66.592 no grupo obesidade grau I, 23.130 obesidade grau II e 10.170 no grupo obesidade grau III.
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Na análise univariada, foi encontrada uma associação positiva entre gestações múltiplas e sobrepeso (OR 1,07, IC 95% 102–1,12), obesidade grau I (OR 1,11, IC 95% 1,04–1,18) e obesidade grau II (OR 1,15, IC 95% 1,03–1,28). Enquanto mulheres com baixo peso apresentaram associação inversa (OR 0,82, IC 95% 0,73–0,93). Todos esses grupos comparados com o grupo IMC adequado.
Conclusões
Os autores concluem que o sobrepeso e a obesidade parecem aumentar, mesmo que de forma discreta o risco de gestações múltiplas espontâneas.
2 abr. 2024 
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